Tarcísio muda Nova Raposo na chegada a SP sem eliminar polêmica

O governo paulista deve lançar nesta semana o edital da nova concessão dos trechos mais próximos da entrada na cidade de São Paulo das rodovias Castelo Branco e Raposo Tavares, além de uma ligação para as cidades de Cotia e Embu, ambas na região metropolitana da capital.

Chamado de Nova Raposo, o projeto prevê concessão 93 km de estradas por 30 anos e investimentos de aproximadamente R$ 7,1 bilhões.

Com uma série de sugestões de obras de engenharia para a futura concessionária –nova ponte, túnel e viadutos–, a gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) espera atenuar queixas de associações de moradores que terão suas vizinhanças afetadas durante e depois das obras. Movimentos de bairro insatisfeitos classificam as alterações como cortina de fumaça, já que a essência não muda: a proposta é criar mais pistas para dar fluxo ao trânsito de veículos.

As questões polêmicas estão concentradas na Raposo. A intervenção no percurso de aproximadamente 20 km entre São Paulo e Cotia prevê pistas marginais contínuas que passarão por zonas residenciais, estabelecimentos comerciais e áreas de proteção ambiental.

Interligações entre as diversas ruas paralelas à Raposo criariam vias ininterruptas destinadas ao fluxo local e à circulação de ônibus urbanos. É uma intervenção considerada fundamental da nova concessão porque tem potencial de reduzir o número de mortes de motoristas, diz Raquel França Carneiro, diretora da CPP (Companhia Paulista de Parcerias), entidade do governo estadual.

Atualmente, muitos dos acessos são por vias perpendiculares, com carros ingressando na pista principal em ângulo de 90 graus, segundo o governo. "Em caso de acidente nessa situação, a fatalidade é maior", diz Raquel, que conversou com a 💥️Folha enquanto revisava a versão final do edital.

A Raposo é a rodovia com mais mortes registras nos primeiros 22 km a partir da capital no biênio 2022/2023. Foram 50 óbitos na via, um a mais do que os 49 registrados na rodovia dos Imigrantes. Ayrton Senna (44), Anchieta (42) e Castelo Branco (37) completavam o quadro das cinco estradas mais letais na chegada à capital.

A criação das pistas marginais também é importante porque elas devem virar uma alternativa para o tráfego local, que atualmente usa a rodovia. Isso porque essas novas pistas laterais não terão cobrança de pedagio, diferente do que acontecerá na pista central —a tarifa nela deverá variar de R$ 0,65 a R$ 1,78 por trecho. Na Raposo estão previstos cinco pórticos de cobrança, mesmo número estimado para a Castelo.

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