Aliados do centrão demonizam governo, que precisa recompor base, diz senador petista

Vice-presidente nacional do PT, o senador por Pernambuco Humberto Costa, 67, atribui a um pecado de origem a expressiva participação do centrão no ministério de Lula (PT), sem contrapartida no Congresso Nacional.

"Hoje são 9, 12 ministérios que estão na mão do centrão, de partidos que não dão a mínima resposta política em relação a pautas importantes para o governo", disse em entrevista à 💥️Folha.

Afirmando que muitos beneficiários de emendas demonizam o governo na ponta, incluindo prefeitos, o senador defende a recomposição da base.

Coordenando o grupo de trabalho encarregado da estratégia eleitoral do PT, Humberto Costa admite problemas na comunicação, articulação e coordenação do governo Lula, mas aposta em um melhor desempenho nas eleições de outubro.

O Datafolha indicou estabilidade na aprovação do governo, mas há um percentual expressivo de reprovação. Qual a origem do problema?
Tem um problema de comunicação. Está melhorando, mas ainda precisa ter uma melhora muito expressiva no que diz respeito às redes sociais. Acho que o governo fez muitas coisas, as coisas não chegam até as pessoas. E, às vezes, também não chegam porque alguns dos atores políticos de hoje usufruem dos recursos do governo e são contra o governo. A gente tem que enfrentar a nossa debilidade própria e tem que enfrentar essa comunicação ativa contra a gente.

Muitos aliados que têm ministério, muitos partidos que têm ministério, que têm emenda, que têm espaço e que lá na base trabalham o tempo inteiro para demonizar o governo, para demonizar o PT. Então, o problema da comunicação é muito complexo.

O sr. acha que a própria base aliada contribui para a reprovação do governo?
Tem muita gente que faz parte da base desses partidos aí que, embaixo, lá na ponta, trabalha contra o governo. Não tenho dúvida disso.

Alguns problemas são meio que pecados originais, na minha opinião. Cedemos muito quando houve a formação do governo. Hoje são 9, 12 ministérios que estão na mão do centrão, de partidos que não dão a mínima resposta política em relação a pautas importantes para o governo.

A gente não pode entregar todos os anéis porque depois vêm os dedos. Houve um problema, pecado original. E nos estados essa coisa também é muito forte. Prevaleceu o critério que cada deputado tem que ter um órgão público. E, na verdade, isso também não se traduziu em votos.

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