Depois de ser a serial killer dos plantões, meu crime se tornou salvar demais

Eu poderia entregar isto aqui já em formato de "true crime". Talvez com título mais impactante, introdução mais sanguinolenta. No entanto, trata-se apenas de um humilde relato sobre como chacinei alguns dos maiores nomes da política, do esporte e da cultura.

"Perigo, perigo: a serial killer dos plantões vai atacar!", dizia o chefe de reportagem, botando meu nome na escala. Colegas em pânico. "Terremoto de novo?". "Aposto agora na editoria de celebridades." "Da última vez foi uma equipe inteira de bocha. O esporte vai acabar!" "Bota ela para cobrir Brasília...".

Todo mundo vai morrer um dia, sem que eu tenha qualquer participação nisso. Contudo, ao ingressar no jornalismo, percebi ter mão particularmente boa para matar pessoas, não sem dor na consciência.

Enquanto apuradora emotiva, cobri tudo que é tipo de mal súbito e acidente fatal, me importando menos com o número de vítimas, mais com suas histórias. Estavam vindo de onde, indo para onde? O que conversaram por último? Ai, que dó.

O que você está lendo é [Depois de ser a serial killer dos plantões, meu crime se tornou salvar demais].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.

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