Já atingimos nossa meta de bioinsumos no Brasil, diz CEO da agrotech UPL

A UPL, multinacional de origem indiana produtora de insumos agrícolas biológicos e químicos, já ultrapassou no Brasil uma meta que, globalmente, a empresa espera alcançar em três anos, diz Rogerio Castro, CEO da companhia no Brasil, à Folha.

Com receita anual que supera US$ 6 bilhões (R$ 32,8 bi) e atuação em mais de 130 países, a agrotech viu seus negócios no setor de bioinsumos serem impulsionados com a aquisição, há cinco anos, da Arysta LifeScience, que já tinha forte atuação na área de biossoluções.

O sr. afirma que a UPL está buscando equilíbrio entre insumos biológicos e químicos. Como está essa relação hoje?
Nós não falamos só em biológicos, mas em produtos sustentáveis e inovadores e produtos tradicionais e de pós-patente. Globalmente, estamos com cerca de 35% e 65% [respectivamente]. No Brasil é o contrário. Já somos quase 60% de produtos sustentáveis e inovadores.

Nos sustentáveis e inovadores entram produtos químicos também, em que há uma certa inovação em cima deles, e alguns têm patente. Não temos uma divisão entre biológicos, especificamente, e químicos, especificamente. Nossas metas são constituídas em cima de pós-patente e inovação e sustentáveis. É assim que vemos o negócio.

E qual é a meta a ser atingida para os próximos anos?
Globalmente, queremos ser 50% e 50%. O Brasil já ultrapassou essa meta. No ano passado, fomos 53% e 47%. Neste ano, devemos chegar a 60% e 40%.

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E globalmente deve atingir os 50%-50% quando?
Na safra 2026/27.

Esse movimento é algo recente na empresa ou já estava no horizonte?
Quando a UPL fez a aquisição da Arysta [LifeScience], no início de 2023, assumiu algumas aquisições que a Arysta havia feito na área. Vimos que tinha uma complementaridade muito legal. Eles tinham um conceito que nós ainda usamos, que é vender uma solução integrada entre os produtos tradicionais de químicos e os biológicos, produtos naturais de proteção ou de nutrição de plantas.

A associação dessas duas coisas trabalha não só para curar alguma coisa, não só para matar um inseto ou para matar uma erva daninha, ela trabalha no conceito de saúde vegetal. E a saúde vegetal tem um poder muito maior do que simplesmente curativo.

Tanto que a soja, quando você dá todos esses elementos para ela, para o solo onde ela está e para ela em si, chega a produzir 120, 130 sacas [por hectare]. E a média brasileira é 58, 59. A agricultura tem muito a ganhar com essa junção dos dois portfólios.

Isso transformou a estratégia de longo prazo da UPL em ter um portfólio mais balanceado entre químicos e produtos de biossolução.

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