Roteiristas, uni-vos

Figuras essenciais no processo que leva à realização de filmes e séries, os roteiristas brasileiros vivem, não é de hoje, uma situação de insegurança e instabilidade gritantes. Um dos problemas mais graves e recorrentes é a falta de critério na definição dos créditos que recebem pelo trabalho feito.

Tema de conversas informais nos grupos de WhatsApp da categoria, a insatisfação generalizada se tornou pública há poucas semanas, durante a entrega do sétimo Prêmio Abra de Roteiro. Trata-se de uma premiação anual, promovida pela Associação Brasileira de Autores Roteiristas, na qual os seus 1.150 associados escolhem os melhores trabalhos em duas dezenas de categorias.

Ao receber o prêmio de melhor roteiro de obra infantojuvenil, por "A Magia de Aruna", Rodrigo de Vasconcellos, lamentou: "Tivemos uma surpresa desagradável de não recebermos créditos nos episódios que escrevemos.

Houve omissão e diluição dos créditos". E pediu: "Vale pensarmos, enquanto classe, em mecanismos de regulação e conferência de creditação, que façam com que os ‘players’ respeitem a participação e a autoria de cada colaborador e roteirista".

Para entender melhor a reclamação, conversei nos últimos dias com seis roteiristas e li ou ouvi depoimentos de outros tantos. Para ganhar o crédito de roteirista, a Abra considera que o autor deve ter escrito no mínimo 30% do roteiro. Uma forma de "diluição" da autoria ocorre pela inclusão de nomes de pessoas que, às vezes, deram um palpite no roteiro, mas não o escreveram.

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