Le Pen repete Bardella e diz que não governará sem maioria na França

Marine Le Pen, a líder da ultradireita na França, afirmou nesta terça-feira (2) que seu partido não vai governar o país se não conquistar uma maioria absoluta na Assembleia Nacional após o segundo turno da eleição legislativa previsto para o próximo dia 7.

"Não podemos concordar em formar um governo se não pudermos agir. Isso seria a pior das traições aos nossos eleitores", disse ela em entrevista à rádio France Inter —Le Pen foi reeleita em primeiro turno como deputada pelo 11º distrito do departamento de Pas-de-Calais, no norte do país.

A fala repete o presidente do partido e apadrinhado político de Le Pen, Jordan Bardella, que reitera não ter intenção de se apresentar como opção para ser indicado ao cargo de primeiro-ministro caso a RN não obtenha maioria no Parlamento.

Bardella é o mais cotado da legenda para assumir o cargo caso a legenda obtenha a maioria, o que o faria o premiê mais jovem do país, aos 28 anos. As alianças da RN, no entanto, podem não ser suficientes para obter a maioria desejada de 289 deputados.

São 577 os eleitos para a próxima legislatura, um por cada distrito eleitoral da França. O pleito legislativo antecipado, convocado após dissolução do Parlamento pelo presidente Emmanuel Macron em junho, acontece em dois turnos.

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Além da maior bancada para a RN, as projeções indicam ainda uma composição eleitoral que já se desenha como mais um obstáculo para a desejada maioria absoluta da ultradireita: a boa pontuação do bloco unido à esquerda, em segundo nas pesquisas, e da aliança de centro de Macron, em terceiro.

Isso resulta em centenas de segundos turnos em que três candidatos disputam o cargo.

De acordo com o jornal Le Monde, mais de 200 distritos eleitorais já registram desistências dos terceiros colocados para que esquerda e centro unam suas campanhas pelo nome com mais apoio no primeiro turno e contra o candidato local da ultradireita. Antes dessa movimentação, projeções indicavam de 250 a 300 cadeiras para a RN.

Assumindo que nenhum grupo tenha uma clara maioria após domingo, políticos de todo o espectro partidário têm proposto diferentes maneiras de manter um governo funcional até a conclusão do atual mandato de Macron, que vai até 2027. Ele não pode tentar a reeleição.

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