“ADRIANOPLA”: Um espetáculo sobre a amargura de um projeto utópico falhado

O espetáculo “ADRIANOPLA” toma como ponto de partida a história de uma comuna anarquista algures no interior dos Alpes Austríacos, nos anos setenta do séc. XX, explorando ideais de utopia de um mundo diferente e confrontando-se com a amargura de um projeto falhado. Esta é uma coprodução d’O FIM DO TEATRO e do teatromosca, com estreia no dia 20 de junho no AMAS – Auditório Municipal António Silva, em cena até dia 29 de junho, de quinta a sábado, às 21h00.

No final do século XX, um documentário está a ser realizado sobre uma comuna anarquista algures no interior dos Alpes Austríacos. Um grupo de utópicos invadiu uma propriedade rural e decidiu instaurar nela um novo tipo de sociedade, baseada na igualdade. Ninguém pode ter propriedade sobre coisa nenhuma, o dinheiro é proibido, a monogamia é abolida e os filhos, lá nascidos, têm paternidade coletiva. A experiência de tentar manter a ordem social e a epopeia do seu líder que não aguenta mais os constantes subornos que lhe são oferecidos e os crescentes conflitos individuais, os quais ele tenta sempre resolver, é o verdadeiro documentário sobre Adrianopla.

Pedro Saavedra, autor do texto e encenador do espetáculo, comenta algumas ideias por detrás da criação da ideia de Adrianopla, uma comuna ficcional inspirada na Comuna de Friedrichshof, liderada por Otto Muehl: “Da história das comunas hippies dos anos setenta resta-nos a amargura do projeto falhado: uma utopia anarquista para um mundo diferente, a construção de uma sociedade alternativa. Este aparente idílico regresso ao Éden original é aquilo que uma equipa documental se incumbe de investigar, sob a liderança de uma realizadora ambiciosa, com um olhar jornalístico, responsável por descobrir o que se passa realmente em Adrianopla. Assim, Adrianopla é simultaneamente a ágora, o templo e o fórum, onde os pilares da Cidade e do comportamento humano serão expostos para que os espectadores possam edificar o seu próprio sentido por cima, tomando partido, ou não, entre o real pragmático e o sonho necessário.”

O espetáculo tem interpretações de Paula Garcia, Rafael Barreto e Wagner Borges, banda sonora original de Ramón Galarza, cenografia de Luís Santos, desenho de luz de Paulo Sabino, e máscaras da autoria de Cláudia Ribeiro.

Será apresentado no AMAS & Auditório Municipal António Silva, de 20 a 29 de junho, de quinta a sábado, às 21h00. Para quem não tiver oportunidade de estar presente fisicamente no AMAS, poderá assistir à sessão em ✅live streaming no palco virtual da companhia, na BOL, no dia 29 de junho, às 21h00.

Os bilhetes para as sessões presenciais e para o ✅live streaming já se encontram à venda na BOL e locais habituais, com valores que variam entre 5 € e 7 €.

Imagem: Monsieur Komodo.

O que você está lendo é [“ADRIANOPLA”: Um espetáculo sobre a amargura de um projeto utópico falhado].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.

Wonderful comments

    Login You can publish only after logging in...