Emissões de carbono dos incêndios no Canadá atingiram novo máximo entre maio e julho
Dados do Serviço de Monitorização da Atmosfera Copernicus (CAMS) hoje divulgados, destacam que o registo de emissões de carbono pelos fogos no Canadá nos últimos três meses duplicou face ao total anual de 2014.
O fumo dos incêndios no Canadá também afetou, em junho, a Europa e os Estados Unidos, com a transferência de partículas que pioraram a qualidade do ar, noticiou a agência Efe.
O céu da Península Ibérica ficou escuro durante o dia, coberto com uma nuvem devido à deslocação do fumo, cinzas e partículas.
As emissões totais de carbono de incêndios florestais no Canadá atingiram 290 megatoneladas, quando o máximo anterior tinha atingido as 138 megatoneladas em 2014, sublinhou o CAMS em comunicado.
De acordo com o sistema Copernicus, os incêndios florestais deste ano no Canadá continuam a decorrer em larga escala, quer nas províncias a leste, quer no oeste do país, gerando um total anual “bem acima do registo de qualquer total anterior no conjunto de dados do sistema”, que começou em 2003.
Em junho, o Centro de Incêndio Florestal do Canadá realçou que a superfície afetada atingiu um novo máximo naquele país.
Até final de julho, 120.000 quilómetros quadrados (km²) tinham ardido no país, comparados apenas com os 71 060 km² que arderam em 1995.
Em julho, um número crescente de incêndios foi detetado nos Territórios do Noroeste e no Círculo Polar Ártico.
Até agora, em agosto, incêndios florestais em grande escala continuam em todas as províncias e territórios do oeste do país, incluindo o interior do círculo ártico.
O total nacional estimado de emissões de carbono continua a aumentar bem acima de qualquer valor anual anterior.
O cientista sénior da CAMS, Mark Parrington, sublinhou que, de acordo com o monitorização desde o início de maio, as emissões “continuaram a aumentar quase continuamente até atingir um nível que já é consideravelmente maior que o total anual das emissões do Canadá que figurava no conjunto de dados” do serviço de vigilância.
“Como as emissões das regiões boreais geralmente atingem o seu pico no final de julho e início de agosto, é provável que o total continue a aumentar durante mais algumas semanas”, alertou Parrington.
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