Depois da fuga de documentos pelo militar Jack Teixeira, Pentágono reforça medidas de proteç&am
Num memorando hoje divulgado, o secretário da Defesa, Lloyd Austin, ordenou a aplicação de medidas adicionais para que toda a informação classificada seja protegida de forma mais eficaz.
As alterações propostas implicam um aumento dos níveis de segurança física, controlos adicionais para assegurar que os documentos não sejam retirados de forma inapropriada e a designação de responsáveis pelo controlo desta documentação sensível que devem monitorizar os seus funcionários.
Austin também indicou que devem ser adotadas medidas para impedir o uso de aparelhos eletrónicos no interior das instalações. Esse esforço deve incluir “dispositivos eletrónicos apropriados de deteção e medidas de mitigação” no interior das áreas de segurança, de acordo com o memorando.
As novas medidas surgem depois de o militar Jack Teixeira, 21 anos, detido em abril passado, ser acusado de divulgar documentos militares altamente classificados através da Discord, uma plataforma de redes sociais popular entre pessoas que jogam ‘online’.
Teixeira está detido desde abril, e em maio um juiz decidiu manter o militar detido, enquanto aguarda julgamento, alegando que libertá-lo representaria um risco de fuga ou de obstrução à justiça.
Ao comparecer em tribunal em 22 de junho, Teixeira declarou-se inocente das acusações criminais federais. Uma semana antes, o Departamento de Justiça tinha indicado em comunicado que Teixeira enfrenta seis acusações de “retenção intencional e transmissão de informações classificadas relacionadas com a defesa nacional”.
Cada acusação é punível com até 10 anos de prisão.
O lusodescendente é acusado de ter distribuído documentos confidenciais nomeadamente sobre a guerra na Ucrânia ou a espionagem de países aliados, fator de embaraço para Washington.
Teixeira ingressou na Guarda Nacional em setembro de 2023 e estava autorizado a aceder a informações ultrassecretas desde 2023.
O Departamento de Justiça estima que Teixeira começou a guardar e partilhar os dados confidenciais em janeiro de 2022, disseminando as informações de duas formas: por escrito através daquela plataforma, ou com imagens dos documentos em que se podia ler a classificação de sigilo ou ultrassecreto.
Alguns analistas compararam o potencial impacto desta fuga de informação com aquele causado em 2013 por Edward Snowden, quando expôs o alcance dos programas de espionagem em massa que os Estados Unidos lançaram após os ataques de 11 de setembro de 2001.
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