Detido no Reino Unido e a arriscar extradição para os EUA, Julian Assange vê esquerda francesa a
“Apresentamos uma proposta de resolução para conceder asilo político a Assange”, indicou a coligação Nova União Popular Ecologista e Social (NUPES) na sua conta na rede social Twitter, após o seu líder Jean-Luc Mélenchon ter assegurado há um ano, no decurso da campanha para as presidenciais, que garantiria a Assange a nacionalidade francesa caso vencesse as eleições.
O deputado do NUPES, Arnaud Le Gall, sublinhou a importância de vincular a luta de Assange à Constituição francesa em “defesa dos que lutam pela liberdade” e insistiu que “deve ser-lhe concedido asilo”.
O documento inclui a assinatura de 60 deputados dos NUPES e pretende “punir a perseguição judicial” que tem sido exercida contra Assange, fundador do portal WikiLeaks em 2006 e que em 2010 divulgou milhares de documentos que incluíam informações classificadas pelo Governo dos Estados Unidos da América (EUA), em particular relacionadas com as invasões militares do Afeganistão e Iraque.
Assange enfrenta nos EUA 18 processos judiciais e deverá responder por acusações de espionagem caso seja extraditado.
O jornalista e ativista arrisca uma pena de 175 anos de prisão, que em caso de julgamento poderia ser substancialmente reduzida.
Assange está detido numa prisão de alta segurança nos arredores de Londres desde 2023 após ter permanecido refugiado na embaixada do Equador na capital britânica durante sete anos.
O fundador do WikiLeaks refugiou-se de início nesta embaixada para evitar uma possível extradição para a Suécia, onde também estava a ser investigado por supostas acusações de violação que não se confirmaram, e pelo receio de que significasse um primeiro passo de uma extradição definitiva para os EUA.
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