António Costa avisa direita que tenciona cumprir mandato de quatro anos 24

No seu discurso na festa de aniversário dos 50 anos do PS, no Porto, António Costa disse que recebeu, nas últimas legislativas, em 2022, o mandato para governar e defendeu que "quem quer uma democracia forte respeita os mandatos e quem tem os mandatos honra os compromissos".

"Quero ser muito claro, a nossa agenda e os nossos compromissos são os que constam no programa eleitoral. Não é arrogância, é humildade de quem percorreu o país a pedir o voto", disse, advertindo que a agenda socialista "não é a agenda das polémicas mediáticas".

Noutra parte do seu discurso, no Pavilhão Rosa Mota, António Costa reforçou a ideia da necessidade de estabilidade, considerando que é o foco do Governo em manter o mandato até ao fim que está a incomodar a direita.

“Eu acho que é mesmo por isso que eles têm bastante pressa de se verem livres de nós. Eles tentam tudo. Já tentaram ver-se livres de nós com o diabo, agora até se tentam ver livres de nós com o [partido] Chega, mas não chegam para nós e nós chegaremos para eles, porque connosco eles não passam”, avisou António Costa, aplaudido de pé.

Refutando as críticas dos que dizem que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) não está a ser cumprido, António Costa pediu à direita para não se iludir, lembrando que o PRR é para ser executado em quatro anos.

“E que não se iluda a direita. Nós sabemos bem que Roma e Pavia não se fez num dia e que o PRR é para ser executado em quatro anos, não se executa num ano. Mas cá estaremos os quatro anos para executar até ao último cêntimo o PRR e liderar a maior oportunidade de transformação estrutural da economia portuguesa que temos tido nos últimos anos”, declarou.

O secretário-geral do PS e primeiro-ministro de Portugal foi recebido de pé por milhares de militantes que gritaram a palavra de ordem “PS/PS” e agitavam bandeiras de Portugal, do Partido Socialista e de vários municípios portugueses.

Num outro momento do discurso, Costa falou sobre a escola pública.

“Não há escola pública sem professores e muitos dizem que é preciso acabar com o regime de casa às costas dos professores, mas não basta dizer, é preciso fazer. E é por isso que nós mudámos o modelo de contratação e de vinculação dos professores à escola, para que os professores deixem de ser a única carreira que anos a fio não se pode fixar definitivamente nas escola onde está colocado, aí passar a viver, aí constitui a sua família e deixar de andar com a casa às costas”, disse o líder socialista português, arrancando mais uma vez aplausos do público.

Noutro momento do discurso, o líder socialista português falou no modelo de Serviço Nacional de Saúde (SNS), que diz que cresceu 56% desde que "são Governo", mas admitiu que tem de se fazer mais e que, por isso, foi criada a Direção Executiva do SNS.

Porque, segundo frisou, é preciso introduzir “melhor qualidade de gestão para que possa prestar melhores cuidados de saúde a cada portuguesa e a cada português”.

No final do discurso, Costa lembrou que a história do PS é o "futuro do PS".

“O PS foi sempre o partido da responsabilidade democrática. O PS foi sempre o partido da moderação e da estabilidade. Foi o partido da concórdia nacional, mas nunca foi o partido do conformismo e sempre que nos desafiaram nós fomos à luta e sempre que fomos à luta, nós soubemos ganhá-la”, afirmou.

E citou António Guterres, antigo primeiro-ministro socialista, declarando que para enfrentar momentos de maior dificuldade na ação governativa é preciso “nervos de aço”.

“Perante cada problema identificar a sua causa e sobretudo a sua solução. Porque os políticos não existem para criar problemas ao país. Os políticos existem para resolver os problemas do país, os problemas das pessoas e é essa a nossa missão. Devemos com toda a determinação responder com verdade à mentira, com serenidade à agitação, com previsibilidade à incerteza, com confiança ao derrotismo, persistência às dificuldades e assim, juntos iremos vencer”, concluiu António Costa, recebendo uma ovação dos militantes socialistas.

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