Padre suspeito de abusos sexuais afastado pela Arquidiocese de Braga
A lista de padres suspeitos de abusos sexuais, elaborada pela Comissão Independente, tinha oito nomes da Arquidiocese de Braga, dos quais três morreram e um foi afastado de funções.
Um dos nomes “diz respeito a um sacerdote que, depois de um diálogo com o Senhor Arcebispo, foi afastado preventivamente do exercício público do ministério sacerdotal”, informa a Arquidiocese de Braga, através de comunicado,
Dos restantes quatro suspeitos, "um não corresponde a nenhum sacerdote da Arquidiocese de Braga, nem se encontra nos arquivos da Arquidiocese qualquer referência a seu respeito; um foi "alvo de um processo civil, tendo sido absolvido"; "um corresponde a um sacerdote que foi alvo de um processo canónico por abuso sexual de menores já concluído e que resultou na aplicação de medidas disciplinares em vigor"; e um outro "corresponde a um agente pastoral, que por falta de elementos de identificação não foi ainda possível identificar, estando em curso diligências nesse sentido”, lê-se na mesma nota.
Sobre o padre afastado, a Arquidiocese de Braga faz questão de sublinhar que "a decisão cautelar de afastar preventivamente o sacerdote em causa não prejudica o princípio da presunção de inocência", mas sim da aplicação das “linhas orientadoras de ação da Igreja em matéria de abusos sexuais de menores, em conformidade com o Vade-mécum sobre procedimentos relativos a casos de abuso sexual de menores cometidos por clérigos".
"Reafirmamos o nosso compromisso em acolher e escutar as vítimas, tratando todos os casos com critérios inequívocos de transparência e justiça, contribuindo assim para a máxima reparação possível do mal sofrido. Sabemos que pedir perdão não é suficiente. São-nos pedidas ações concretas. Neste sentido, uma equipa de profissionais está disponível para oferecer apoio psicológico, psiquiátrico, jurídico e espiritual a todas as vítimas que solicitem este serviço. Comprometemo-nos com a promoção de uma cultura de cuidado e faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para prevenir futuros casos de abuso", acrescenta a Arquidiocese.
Por último, deixa o apelo “a todos os que possam ter sido vítimas de qualquer espécie de abuso sexual em alguma paróquia ou instituição da Arquidiocese de Braga, e que ainda não deram voz ao seu silêncio, que contactem a Comissão de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis (comissao.menores@arquidiocese-braga.pt ou 913 596 668). Estamos disponíveis para escutar e acolher”.
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