Projeto promove saúde, acesso a direitos, acompanhamento escolar e suporte para famílias de crianças atípicas de favelas

O 💥️Jornal Nacional desta quinta-feira (9) apresentou o resultado extraordinário do trabalho e da força de uma brasileira.

“Meu nome é Rafaela França, tenho 40 anos. No meio da pandemia vejo a Maria parar de desenvolver, vejo que tem algo de errado. Foi quando eu entrei online e contei minha história. Ela vem trazendo os sintomas do autismo regressivo. Eu saio da condição de ajudar a minha favela para pedir ajuda de quem puder compartilhar a vaquinha da Maria", diz a ativista social no Complexo do Alemão.

A ajuda veio e Rafaela conseguiu arrecadar dinheiro para bancar o tratamento da Maria.

Depois da chuva de solidariedade que caiu sobre a vida da Rafaela por conta da mobilização dos moradores do Complexo do Alemão, ela tomou uma decisão.

"A Isis tem 7 anos, tem paralisia cerebral e aos 11 meses ela iniciou o quadro de epilepsia. Foi aí que eu conheci a Rafa, e através dela a Isis iniciou com o uso de canabidiol. Ela tinha de seis a oito crises por hora. Hoje está fazendo oito meses sem crises", explica Janaína Gomes de Souza, mãe da Ísis.

Desde o ano passado, o uso de medicamentos à base de canabidiol está autorizado no Brasil.

“A Laura não tinha o desenvolvimento motor, a fala, ela agora está andando com mais firmeza, ela está cantando", responde a mãe da Laura, Michele Santos, ao ser questionada sobre como o NEEM mudou na evolução do quadro de saúde de sua filha.

O projeto da Rafaela conta com a ajuda de uma rede de médicos e dentistas voluntários e tem o apoio de psicólogos para as crianças e para as mães. Ele atende a mais de 320 crianças, sendo 75% filhas de mães que criam os filhos sozinhas.

“Se a gente está bem, a gente consegue fazer o melhor pra dar pra eles, entendeu?”, afirma a mãe Thaiana Silva da Costa, mãe da Thannyfa.

“A favela em si nos limita muito mais porque tem a questão de as pessoas não quererem adentrar dentro das comunidades faz com que torna-se mais inacessível ainda médicos, o básico”, desabafa Talita dos Santos Amaral, mãe da Ângela.

A Rafaela levou dignidade para essas mães.

“Além de ser mãe da Maria, ela é mãe de todas as crianças porque ela vive o seu problema, a sua dor. A Rafaela eu acho que é um anjo na nossa vida”, conta Cinthia Barbosa, mãe do Guilherme.

“Hoje eu posso te falar que eu estou mudando o mundo dando acesso a direitos e a promoção de saúde. Porque sem saúde ninguém consegue se movimentar nessa vida. E é com muito orgulho que eu estou fazendo isso pelas minhas favelas, que eu posso chamar de minhas”, conclui Rafaela.

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