HomeEsporteArticleHumilhado x jogador de rede social: a treta entre meia e dirigente15/12/20245 Campanharo e Adson Batista trocaram farpas após ano turbulento do Atlético-GO Imagem: MontagemO Atlético-GO foi rebaixado no Campeonato Brasileiro, e um dos problemas extracampo foi escancarado por Gustavo Campanharo, que pertence ao Inter e atuou por empréstimo pelo time de Goiânia nos últimos meses. O presidente da equipe, Adson Batista, não gostou e reagiu (veja as versões completas abaixo).. O conteúdo foi divulgado nesta sexta (13).Reinaldo AzevedoBraga Netto em cana: acabou, zorraCarla AraújoPrisão de Braga Netto ajuda a blindar o ExércitoJuca KfouriQue o Botafogo não tenha visto Pachuca x Al AhlySylvia ColomboNúmeros escondem pobreza na Argentina✅As minhas dores e aflições eram praticamente ignoradas, me mandavam para campo sem nenhuma condição de fazer aquilo que eu sempre amei fazer. Eu fui para o caminho de casa chorando por pelo menos uma semana, porque ninguém me dava soluções 💥️CampanharoClassificação e jogosBrasileirão✅De momento, eu estava treinando normalmente e com possibilidades de ir para o jogo, mas chegava até o presidente e ele barrava minha convocação, como a de muitos que passaram por ali. O treinador [Humberto Louzer], que no momento estava [no clube], já não concordava com muita coisa, inclusive com o que acontecia comigo, e saiu 💥️CampanharoContinua após a publicidadeO que Campanharo escreveu?✅Carta aberta: Eu poderia começar escrevendo esse texto de tantas formas, tipo como todos os clubes que passei, sendo grato pela oportunidade e tudo mais. Mas não, aqui foi diferente, aqui eu passei coisas que jamais havia passado em 15 anos de carreira. Aqui me senti humilhado, desvalorizado, descartado, impotente, e como se eu estivesse trabalhando para mostrar meu potencial mas ninguém iria valorizar isso, nada iria mudar, já estava decidido.✅Eu cheguei, fiz toda preparação física, e ao final dessa preparação senti uma lesão. Já começou por ai, as minhas dores e aflições eram praticamente ignoradas, me mandavam para campo sem nenhuma condição de fazer aquilo que eu sempre amei fazer. Eu fui para o caminho de casa chorando por pelo menos uma semana, porque ninguém me dava soluções. Até que cheguei ao meu limite, não conseguia mais lutar contra aquilo, estava me fazendo mal.✅Nos reunimos, eu implorava por uma resolução, algo que me consumia a cada dia que passava, e uma opção (que meu médico particular também indicou) era uma artroscopia, que em menos de 2 meses eu estaria de volta. Fui colocado contra a parede no clube, me colocaram medo, diziam que poderia continuar da mesma forma, que eu teria um grande risco, e para completar, falaram que se eu realmente quisesse fazer isso, teria que assinar um termo, assumindo toda a responsabilidade.Continua após a publicidade✅Logicamente que com toda essa pressão psicológica, a insegurança e o medo bateram, mas juntamente com meu médico particular decidimos por fazer. Nesse período, o fisioterapeuta foi mandado embora, diziam que ele colocava coisas na minha cabeça, (provando que não acreditavam nas minhas dores, ou mais uma vez ignoravam o fato de eu não conseguir treinar). Assumi metade dos custos do procedimento, pro clube não sair totalmente lesado.✅Ocorreu tudo bem na cirurgia e também na minha reabilitação, como o esperado (por mim e pelo meu médico particular). A todo momento o presidente dizia contar comigo, para que eu voltasse logo para ajudar, que ele precisava de mim, e a todo momento eu trabalhava incansavelmente para voltar o mais breve possível.✅Fiz minha estreia, atuei por 10, 15 minutos. Após isso passei 7 jogos sem nem entrar em campo. Joguei mais 10, 15 minutos. E logicamente, atleta para estar completamente 100% necessita de tempo de jogo, sequência, confiança. Passei mais alguns jogos fora e ganhei oportunidade em mais 10 minutos.✅Até que resolvi conversar com o presidente, e pra minha surpresa ele disse que já estava se programando para o próximo ano, que o time já havia sido rebaixado (metade do campeonato) e eu não fazia mais parte dos planos do clube, com menos de 30 minutos jogados. Eu me sentia bem, cada vez melhor, aquelas dores que me consumiam sumiram, mas a dor da injustiça surgia.✅De momento eu estava treinando normalmente, e com possibilidades de ir para o jogo, mas chegava até o presidente e ele barrava minha convocação, assim como muitos que passaram por ali. O treinador que no momento estava, já não concordava com muita coisa, inclusive com o que acontecia comigo, e saiu.✅Após alguns dias, fui chamado, e a notícia é de que a partir daquele momento eu começaria a treinar em separado de todo grupo. Eu perguntei o porque, e falaram que teriam alguns motivos: um seria a questão salarial, que caso eu machucasse novamente, teriam que continuar me pagando (até parece que ninguém machucou no ano e atleta gosta de se machucar) e outra situação seria comentários de pessoas próximas a mim nas redes sociais (coisas que não posso controlar).Continua após a publicidade✅A partir desse momento, comecei a treinar em separado, somente trabalhos físicos. Em um certo momento foi solicitado pelo auxiliar da preparação física, que em um terça-feira meu treinamento começaria às 9h. Nessa terça eu estava lá, e ao chegar no clube, fui abordado no caminho do vestiário pelo braço direito do presidente e perguntado o por que eu estava no clube, já que não deveria estar nesse dia. Falei que o que me foi passado era que teria treino. Ao chamar a pessoa que me comunicou do treinamento, ela falou que sim, havia me avisado que eu não tinha treino nesse dia, para não confrontar o seu superior do clube. Tive que virar minhas costas, explodindo por dentro, e ir para casa.✅A partir daí a decisão foi que eu treinasse dia sim e dia não, e sábados e domingos livres. Como falei no início do texto, eu fui humilhado, desvalorizado, injustiçado, e além disso tudo citado, tiveram outras situações, mas que prefiro não citar.✅Acredito que momentos bons e ruins todos nós temos, e no futebol é simples, nos momentos ruins, trabalhamos e damos a volta por cima. Porém aqui eles não permitem que isso aconteça. Comecei a ser ignorado no clube, não pelos atletas, mas por algumas pessoas que trabalhavam lá, perguntava horários de treinamento, ingresso para jogo e ninguém respondia. A cada dia que passava a angústia para que tudo isso acabasse só aumentava. E acabou!✅Essa carta é pra todos aqueles que me perguntavam durante o ano, o que estava acontecendo, ou para aquelas que me acompanhavam mas não sabiam o que se passava, e claro, um desabafo, pra também tentar dar voz aos que estão no clube e aos que passarão por lá, porque de alguma forma vão tentar calar vocês, com alguma pressão psicológica. É preciso entender, que além de atletas, somos seres humanos, e ali, esse lado, é praticamente jogado no lixo.✅Tudo aquilo que sonhava e planejava não se concretizou para esse ano, mas meu caráter, minha vontade de fazer dar certo, e meus objetivos pessoais continuam vivos, porque tudo que passei aqui não me define.✅Agora, sigo em busca de novos rumos, na certeza que sempre dei o meu melhor, e busquei ter a melhor versão de mim, como sempre. Parece clichê, mas quem me conhece sabe que eu não escreveria isso por tão pouco. Mas o mundo da bola gira, e certas coisas servem de aprendizado. E como serviu! Vamos pra próxima… Um abraço a todos, Campanharo.Continua após a publicidadeVer essa foto no InstagramUma publicação compartilhada por Gustavo Campanharo (@campanharo)✅Foi um jogador de rede social, tecnicamente não foi o que esperávamos e em nenhum momento foi melhor que os demais jogadores da posição. Temos responsabilidade e assumimos nossas decisões. Portanto, oferecemos a ele o tratamento médico com nossos especialistas e ele optou por pagar uma cirurgia em particular. Foi uma decisão dele que não teve a nossa aprovação"✅As decisões tomadas pelos treinadores são de responsabilidade deles. Sempre estarei aqui para proteger os interesses do clube. O Atlético-GO é um clube de pessoas sérias e de caráter. Portanto, jamais vamos manchar nossa reputação e o nome do clube por causa de uma pessoa ou outraPosicionamento do presidente @AdsonBatista sobre a manifestação do meia Gustavo Campanharo nas redes sociais ⬇️ pic.twitter.com/UulWJiOyiq-- Thiago Menezes (@thiagomenezesbn) December 14, 2024O que você está lendo é [Humilhado x jogador de rede social: a treta entre meia e dirigente].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.Links
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