Professora adapta álbuns e figurinhas da Copa do Mundo ao braille para incluir deficientes visuais na brincadeira

Febre do momento, o álbum da Copa do Mundo não somente desafia quem corre para completá-lo o quanto antes, como também proporciona novos laços de amizade e socialização ao reunir diferentes gerações nos vários pontos de trocas de figurinhas espalhados pelas cidades, por exemplo. Foi pensando nisso que a pedagoga Gabriela Vansan teve a ideia de adaptar os materiais em braile para que os alunos dela, da Associação dos Deficientes Visuais de Ribeirão Preto (Adevirp), também desfrutassem desse momento.

Álbuns da Copa do Mundo foram adaptados ao braille em Ribeirão Preto, SP — Foto: Chico Escolano/EPTV 1 de 3 Álbuns da Copa do Mundo foram adaptados ao braille em Ribeirão Preto, SP — Foto: Chico Escolano/EPTV

Álbuns da Copa do Mundo foram adaptados ao braille em Ribeirão Preto, SP — Foto: Chico Escolano/EPTV

A adaptação não requer ajustes complexos. Na tarja colada nas figurinhas, há a sigla do país e o número. Com isso, segundo a especialista, ao passarem o dedo, os alunos vão identificar qual figurinha está na mão e procurar o espaço destinado a ela dentro do álbum.

Já o álbum modificado conta com uma espécie de dinâmica de adaptação em cada página, com adesivos de bolinha que identificam onde e como (vertical ou horizontal) cada figurinha deve ser colada. Um molde de EVA também foi criado para auxiliar na colagem.

Professora Gabriela Vansan idealizou iniciativa de adaptar álbuns da Copa para deficientes visuais — Foto: Chico Escolano/EPTV 2 de 3 Professora Gabriela Vansan idealizou iniciativa de adaptar álbuns da Copa para deficientes visuais — Foto: Chico Escolano/EPTV

Professora Gabriela Vansan idealizou iniciativa de adaptar álbuns da Copa para deficientes visuais — Foto: Chico Escolano/EPTV

Marlene Taveira Cintra, fundadora e presidente da Adevirp, destaca que a iniciativa faz com que o deficiente visual se sinta dentro da tendência de momento.

"Se nós não pensarmos com profundidade, parece algo até meio simples, mas é algo de extrema importância, porque os olhos estão voltados para esse momento, para o esporte. O deficiente visual não pode ficar à margem, ele tem que estar onde está o barulho, a energia. Isso facilita de forma vertiginosa para que a inclusão não seja algo somente falado, mas que seja algo de fato vivenciado."

Atualmente, a Adevirp possui 15 álbuns e cerca de 500 figurinhas em processo de adaptação para o braille. Para que todos os alunos tenham acesso, no entanto, a associação calcula que sejam necessários pelo menos 60 álbuns.

Com isso, os educadores da unidade contam com ajuda de voluntários que possam fazer doações de álbuns e figurinhas.

"A ideia é a gente conseguir ter bastantes álbuns, para cada um ter o seu, cada um ter todo esse processo, desde ter o álbum, ver qual é a figurinha, procurar figurinha no álbum e trocar entre eles. Então a gente está nesse processo de conseguir esse álbuns e figurinhas e adaptar eles", completa Gabriela.

Quem quiser ajudar pode entrar em contato com a Adevirp pelo telefone 💥️(16) 3913-1900 ou ir até a unidade, que fica na Avenida Leais Paulista, n° 706, bairro Jardim Irajá.

Molde de EVA foi criado para auxiliar os deficientes visuais na colagem das figurinhas — Foto: Chico Escolano/EPTV 3 de 3 Molde de EVA foi criado para auxiliar os deficientes visuais na colagem das figurinhas — Foto: Chico Escolano/EPTV

Molde de EVA foi criado para auxiliar os deficientes visuais na colagem das figurinhas — Foto: Chico Escolano/EPTV

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