Vídeo mostra repórter brasileiro sendo surpreendido por míssil em Kiev ao vivo: 'Vi quando atingiu a ponte'

Um jornalista brasileiro fazia uma entrada ao vivo de Kiev, na Ucrânia, nesta segunda-feira (10), quando foi surpreendido por um míssil disparado por forças russas contra a capital ucraniana, em uma ofensiva já considerada um dos piores ataques a Kiev desde o início da guerra na Ucrânia.

Ao g1, o repórter brasileiro Hugo Bachega, que é correspondente da rede britânica BBC em Kiev, contou que avistou o míssil enquanto fazia a transmissão, e viu quando o artefato atingiu uma ponte a poucos metros do hotel onde estava. A explosão também foi registrada por vídeo 💥️(veja abaixo).

Nesse momento, a transmissão da BBC foi interrompida. Bachega contou que os dois desceram para um abrigo subterrâneo no hotel, no estacionamento, e passaram a fazer as transmissões de lá.

O míssil avistado por Bachega era o primeiro de uma série de bombardeios lançada pela Rússia nesta manhã, uma retaliação do presidente russo, Vladimir Putin, a um ataque à principal ponte da Crimeia, a península ucraniana anexada pela Rússia em 2014.

A Ponte da Crimeia é a única ligação por terra entre a Rússia e a península anexada, e foi inaugurada pelo próprio Vladimir Putin em 2018. Portanto, a explosão também tem sido vista como um ataque ao orgulho de Putin - o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já disse que a guerra da Ucrânia começou e vai terminar pela Crimeia.

Por isso, segundo Zelensky, seu governo já esperava por retaliações. Ao g1, o brasileiro Hugo Bachega disse que, de fato, havia essa expectativa na capital ucraniana, onde, contou, havia um clima de calma e tranquilidade nos últimos meses.

Carros são vistos em chamas após mísseis russos atingirem Kiev, a capital da Ucrânia — Foto: Reuters/Valentyn Ogirenko 1 de 2 Carros são vistos em chamas após mísseis russos atingirem Kiev, a capital da Ucrânia — Foto: Reuters/Valentyn Ogirenko

Carros são vistos em chamas após mísseis russos atingirem Kiev, a capital da Ucrânia — Foto: Reuters/Valentyn Ogirenko

Depois de mais de três meses sem ataques, Kiev voltou a ser fortemente bombardeada pela Rússia nesta segunda-feira (10). Foi uma das piores investidas contra a capital ucraniana desde o início da guerra no país.

Moscou atacou ainda outras cidades grandes do país, indicando uma nova fase de escalada da guerra que já dura sete meses e meio.

Bombeiro ajuda mulher ferida no ataque da Rússia à capital ucraniana Kiev — Foto: State Emergency Service of Ukraine / AFP 2 de 2 Bombeiro ajuda mulher ferida no ataque da Rússia à capital ucraniana Kiev — Foto: State Emergency Service of Ukraine / AFP

Bombeiro ajuda mulher ferida no ataque da Rússia à capital ucraniana Kiev — Foto: State Emergency Service of Ukraine / AFP

O presidente russo, Vladimir Putin, falou que os mísseis lançados nesta segunda-feira fazem parte de uma "forte resposta" que suas tropas farão ao bombardeio, no sábado (8), de uma ponte na Crimeia, a península ucraniana anexada pela Rússia em 2014. Putin acusou a Ucrânia pela autoria da explosão e ameaçou mais investidas.

Já o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, negou e acusou a Rússia de querer causar pânico e caos em seu país.

As explosões em Kiev marcam também uma escalada das tensões na guerra, que nos últimos meses ficou focada em investidas russas no leste e no sul. Em setembro, no entanto, Kiev anunciou um ambicioso plano de retomada de diversas regiões em território ucraniano invadidas por Moscou. Com a ajuda militar e estratégica de países do Ocidente, o governo ucraniano afirmou ter reconquistado cerca de 10% das áreas ocupadas por tropas russas.

Em resposta, o presidente russo, Vladimir Putin, fez um pronunciamento à nação pela TV anunciando a convocação de cerca de 300 mil reservistas no país inteiro, o que gerou uma grande onda de fuga de jovens russos. Dias depois, quatro regiões da Ucrânia - Kherson, Zaporizhzhia, Luhansk e Donetsk - foram submetidas a um referendo organizado e realizado por Moscou sobre se os cidadãos locais queriam se separar da Ucrânia e se anexar à Rússia.

Putin anunciou vitória na consulta pública e, há duas semanas, assinou a anexação dos quatro territórios em uma cerimônia transmitida por telões em Moscou. A ONU e a comunidade internacional não reconhecem a anexação.

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