Polícia indicia cinco pessoas pelo homicídio de pedreiro em condomínio na Barra da Tijuca e por ocultarem imagens do crime

Clailton Costa, de 40 anos, foi morto por seguranças — Foto: Reprodução 1 de 2 Clailton Costa, de 40 anos, foi morto por seguranças — Foto: Reprodução

Clailton Costa, de 40 anos, foi morto por seguranças — Foto: Reprodução

A 16ª DP (Barra da Tijuca) indiciou seguranças e representantes de uma empresa de vigilância de um condomínio na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, pelo homicídio do pedreiro 💥️Claiton Jorge Pereira da Costa.

O caso ocorreu no fim de janeiro, mas só passou a ser investigado em maio de 2022. O indiciamento foi publicado pelo jornal O Globo e confirmado pelo 💥️g1.

Foram indiciados dois vigilantes que participaram da abordagem contra Claiton, assim como o supervisor de segurança, um funcionário e um dos sócios da empresa de vigilância Hawk, responsável pela segurança do condomínio Del Lago.

Além do 💥️homicídio com dolo eventual (quando o agente atira e assume o risco de matar), foram denunciados por 💥️posse de arma de uso restrito, 💥️usurpação de função de policial militar, 💥️omissão, 💥️fraude processual, 💥️favorecimento pessoal e 💥️falso testemunho:

De acordo com a investigação da 16ª DP, Eduardo e Felipe atiraram contra Claiton depois de suspeitarem de um furto cometido por ele dentro do condomínio.

O pedreiro foi atingido pelas costas quando estava desarmado, dentro de um carro. Os agentes alegaram que estavam mirando 💥️nos pneus do carro.

Nenhum dos vigilantes, segundo a lei, poderia portar armas de fogo nos serviços de vigilância do condomínio.

"Eduardo Nascimento Gonçalves, com vontade e consciência, assumiu o risco do resultado morte e efetuou três disparos de arma de fogo, onde um deles ceifou a vida de Claiton. Sobre Felipe, é possível afirmar que o mesmo atuou com vontade livre e consciente, efetuou dois disparos de arma de fogo, assumindo o risco do resultado morte", diz a polícia no relatório final do caso.

Além da abordagem que terminou com a morte de Claiton, a polícia alega ainda que imagens foram editadas e cortadas das câmeras para impedir que a polícia encontrasse evidências do crime.

Por causa disso, Alex Dias Braga foi indiciado por falso testemunho, fraude processual e tentar esconder as provas do homicídio.

O supervisor Edcarlos, em seu testemunho, disse que não havia câmeras no local do crime. As imagens obtidas pela investigação comprovaram o contrário, e ele foi indiciado por falso testemunho.

Michel Borges é o principal sócio da empresa de vigilância da qual faziam parte os seguranças que, segundo a polícia, mataram Claiton com um tiro na cabeça. Foi indiciado pela omissão que resultou no homicídio do pedreiro. De acordo com a investigação, ele também suprimiu as imagens de câmeras de segurança que revelavam o crime.

"Sua omissão dolosa no dever legal de fiscalização dos vigilantes da sua empresa e na determinação para a realização de rondas diárias armadas nos logradouros públicos situados no interior da localidade gerida por uma Associação de Moradores, deu causa, de forma insofismável, para a ocorrência do resultado que ceifou a vida de Claiton", lê-se no relatório.

Clailton foi alvo de💥️ cinco disparos feitos por seguranças do Condomínio Del Lago, que o acusavam de roubar materiais de obras das mansões do condomínio. Um dos disparos atingiu o pedreiro na cabeça.

Na 16ª DP (Barra da Tijuca), o caso foi registrado pelos seguranças como tentativa de roubo. Um PM do 31º BPM (Barra da Tijuca) que atendeu a ocorrência também narrou na delegacia como tudo teria acontecido, endossando a versão dos vigilantes.

Nos depoimentos, os seguranças do condomínio Eduardo do Nascimento Gonçalves e Felipe Oliveira Vieira alegaram ter atirado porque Clailton tentou fugir com materiais furtados de obras nas mansões.

Os objetos que os vigilantes disseram ter encontrado no carro de Clailton foram:

As versões dadas pelos seguranças na 16ª DP, quase idênticas, narram que Clailton não teria acatado a ordem deles para permanecer com o carro no condomínio até que a polícia chegasse no local.

Felipe e Eduardo acrescentaram que o ajudante de pedreiro agiu com “extrema violência” ao arrancar com o carro durante a abordagem e tentar fugir.

Eles concluem os depoimentos da mesma forma: “em razão dos fatos, em legítima defesa, efetuou os disparos”.

Outro detalhe é que ambos alegaram ter mirado nos pneus do carro de Clailton, mas fotos obtidas pela equipe de reportagem mostram que ao menos um disparo atingiu o vidro traseiro do veículo.

Carro ficou com marca de tiro no vidro traseiro; seguranças dizem que miraram nos pneus — Foto: Reprodução 2 de 2 Carro ficou com marca de tiro no vidro traseiro; seguranças dizem que miraram nos pneus — Foto: Reprodução

Carro ficou com marca de tiro no vidro traseiro; seguranças dizem que miraram nos pneus — Foto: Reprodução

A delegada Marise Martinez Furtado encaminhou o auto de prisão em flagrante do pedreiro à Justiça, e o caso também foi comunicado ao Ministério Público.

Claiton foi indiciado por roubo e 💥️permaneceu preso até morrer no hospital.

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