DHPP diz que policial à paisana atirou e matou homem em Paraisópolis; Tarcísio cumpria agenda na região

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) vai investigar o caso do homem morto durante o tiroteio que ocorreu em Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo, na manhã desta segunda-feira (17). O confronto aconteceu na região do Polo Universitário de Paraisópolis, onde estava o candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos).

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Segundo Elisabete Sato, diretora do DHPP, o caso não havia sido registrado até o fim da tarde desta segunda e ainda não há uma linha de investigação definida. A polícia disse "não considerar" que o caso tenha sido um atentado contra o candidato ao governo.

Os primeiros levantamentos da Polícia Civil afirmam que dois homens em uma moto teriam passado várias vezes pelo local filmando e, em determinando momento, por volta das 11h20, teriam sido abordados.

Em seguida, houve um confronto entre os suspeitos e policiais à paisana. O motociclista que estava na direção, Felipe Silva de Lima, de 27 anos, foi atingido no peito, socorrido e enviado ao pronto-socorro do Campo Limpo, mas não resistiu.

Ainda de acordo com a polícia, o homem foi baleado na mesma rua do Polo Universitário, mas distante da sede.

O homem na garupa, Rafael Almeida Araújo, conseguiu fugir, mas foi identificado. Ele não foi preso. Segundo Sato, em 2017, Rafael estava preso em Campinas, no interior de São Paulo, mas não retornou após uma saída temporária de Dia das Mães. Ele tem passagem por tráfico de drogas e roubo.

Policiais do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos) do Dope (Departamento de Operações Policiais Estratégicas) tentam colher imagens de câmeras no entorno do local do tiroteio.

A moto que teria sido usada pelos suspeitos foi apreendida e passou por perícia. Segundo o boletim de ocorrência, não há registro de roubo ou furto.

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Segundo a polícia, Felipe Silva de Lima, foi morto durante tiroteio em Paraisópolis, na Zona Sul de SP, na manhã desta segunda (17) — Foto: Reprodução/Polícia Civil 1 de 5 Segundo a polícia, Felipe Silva de Lima, foi morto durante tiroteio em Paraisópolis, na Zona Sul de SP, na manhã desta segunda (17) — Foto: Reprodução/Polícia Civil

Segundo a polícia, Felipe Silva de Lima, foi morto durante tiroteio em Paraisópolis, na Zona Sul de SP, na manhã desta segunda (17) — Foto: Reprodução/Polícia Civil

Tarcísio estava no terceiro andar do prédio, cumprindo agenda de campanha, quando o tiroteio começou do lado de fora.

O candidato deixou o local cerca de 20 minutos depois, acompanhado de seguranças e escoltado até uma van.

A visita a Paraisópolis foi colocada de última hora na agenda do político, no domingo (16), às 21h15. Antes disso, a agenda enviada à imprensa não previa a ida à comunidade.

O governador Rodrigo Garcia (PSDB), candidato derrotado nas eleições e que anunciou apoio a Tarcísio, afirmou que determinou investigação imediata do caso.

Tarcísio de Freitas deixa o local após troca de tiros na comunidade — Foto: Reprodução/TV Globo 2 de 5 Tarcísio de Freitas deixa o local após troca de tiros na comunidade — Foto: Reprodução/TV Globo

Tarcísio de Freitas deixa o local após troca de tiros na comunidade — Foto: Reprodução/TV Globo

Nas redes sociais, pouco após o episódio, Tarcísio afirmou ter sido vítima de um ataque e disse que um suspeito foi baleado.

Wallace Rodrigues, fundador de uma escola em Paraisópolis, estava na inauguração e acredita que o tiroteio tenha sido a cerca de 200 metros de onde estava o candidato. Imagens aéreas mostram uma marca de sangue no chão nesse ponto.

"Não foi próximo a escola, foi cerca de 200 metros. Nesse momento, estávamos todos no 3º andar para fazer o discurso de agradecimento. Não acompanhamos, tanto que não teve nenhuma marca de tiro nos 200 metros até a escola, não tem buraco, nada", disse, ao 💥️g1.

Gilson Rodrigues, um dos líderes comunitários de Paraisópolis, disse que está na Bahia e que não tem detalhes do ocorrido. "Paraisópolis, como vocês sabem, é da paz, acolhe a todos, muito bem e tem tradição em receber a todos", disse.

Questionado sobre o episódio durante um evento com jornalistas em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que ainda é prematuro dizer se houve um ataque à equipe de Tarcísio.

"Recebi um telefonema do Tarcísio, algumas imagens também. Tudo é preliminar ainda, eu não quero me antecipar. Se foi uma ação contra a equipe dele, se foi uma ação isolada, se algum conflito já estava havendo por haver na região. Então seria prematuro eu falar sobre isso", disse Bolsonaro.

O adversário de Tarcísio no segundo turno, Fernando Haddad (PT), disse que soube pelos jornalistas ao ser questionado sobre o tiroteio, e afirmou que "repudia qualquer tipo de violência".

Mapa de Paraisópolis, onde ocorreu tiroteio durante agenda do candidato Tarcísio de Freitas — Foto: Arte: g1 3 de 5 Mapa de Paraisópolis, onde ocorreu tiroteio durante agenda do candidato Tarcísio de Freitas — Foto: Arte: g1

Mapa de Paraisópolis, onde ocorreu tiroteio durante agenda do candidato Tarcísio de Freitas — Foto: Arte: g1

Candidato do Republicanos e equipe sentado no chão após tiros na comunidade — Foto: Reprodução/TV Globo 4 de 5 Candidato do Republicanos e equipe sentado no chão após tiros na comunidade — Foto: Reprodução/TV Globo

Candidato do Republicanos e equipe sentado no chão após tiros na comunidade — Foto: Reprodução/TV Globo

Candidato ao governo de SP deixa local escoltado após tiro na comunidade — Foto: Reprodução/TV Globo 5 de 5 Candidato ao governo de SP deixa local escoltado após tiro na comunidade — Foto: Reprodução/TV Globo

Candidato ao governo de SP deixa local escoltado após tiro na comunidade — Foto: Reprodução/TV Globo

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