Bolsonaro diz que Jefferson 'perdeu a razão completamente' ao atirar contra policiais
O presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), afirmou nesta segunda-feira (24) que o ex-deputado e aliado político Roberto Jefferson "perdeu a razão completamente" ao atirar contra policiais federais no domingo (23).
Jefferson abriu fogo contra agentes que foram à sua casa, no interior do Rio de Janeiro, efetuar um mandado de prisão assinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O ex-deputado deu tiros de fuzil e lançou granada contra a PF. Dois agentes se feriram, mas sem gravidade. Horas depois, a prisão foi efetuada.
"O Roberto Jefferson no meu entender tinha tudo para continuar com sua batalha por liberdade, mas quando ele atira em direção aos policiais e lança granada, que seja granada de efeito moral, ele perdeu a razão completamente", afirmou Bolsonaro em entrevista ao portal Metrópoles.
"E vai responder por tentativa de homicídio. Lamento, mas não posso concordar com isso [com a agressão]", continuou o presidente.
Bolsonaro voltou a criticar os xingamentos de Jefferson à ministra do STF Cármen Lúcia. As ofensas foram registradas em vídeo gravado pelo ex-deputado e divulgado na sexta-feira (21). Na ocasião, Jefferson estava em prisão domiciliar, proibido de usar redes sociais.
"Alguma coisa aconteceu com ele, falou besteira no tocante à ministra Cármen Lúcia. Chamou de palavrão esquisito, comparando a essas pessoas. Houve a prisão, e ele resolveu reagir e atirou em policiais. Para mim, quem atira em policial, o tratamento dispensado tem que ser de bandido", afirmou Bolsonaro.
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Roberto Jefferson foi preso em agosto do ano passado no âmbito do inquérito das milícias digitais e as atividades de uma organização criminosa que teria agido para atentar contra o Estado Democrático de Direito. No mesmo mês, a Procuradoria-Geral da República apresentou denúncia contra o ex-presidente do PTB pelos crimes de homofobia, calúnia e incitação ao crime de dano contra o patrimônio.
Em janeiro deste ano, a prisão preventiva de Roberto Jefferson foi substituída por prisão domiciliar. O ministro Alexandre de Moraes atendeu ao pedido da defesa, que alegou que o ex-deputado estava debilitado em razão de doença grave.
O ex-deputado estava em prisão domiciliar, que foi revogada porque as restrições impostas foram desrespeitadas, segundo o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF). Por isso, o ministro Alexandre de Moraes, em uma decisão proferida no sábado (22), determinou que o ex-deputado retornasse ao regime fechado.
Inicialmente, Moraes tinha expedido um mandado de prisão contra Jefferson por ele ter violado medidas de prisão domiciliar. Depois, o ministro mandou prendê-lo em flagrante sob a acusação de tentativa de homicídio, após Roberto Jefferson atirar contra agentes da Polícia Federal.
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