Polícia e MPRJ pedem prisão de vigia apontado como responsável por morte de porteiro em prédio em Copacabana; Justiça nega
A Polícia Civil e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) pediram a prisão do vigia de um prédio em Copacabana, na Zona Sul do Rio, apontado pelas investigações como responsável pelas agressões que levaram à morte um porteiro, colega de trabalho no mesmo prédio onde ele trabalhava. A Justiça do Rio negou o pedido de prisão e ele vai responder em liberdade.
De acordo com a denúncia do MPRJ, Fabio de Freitas Barbosa, que também é lutador, agiu de maneira “livre e conscientemente, com vontade de matar, mediante emboscada e por meio cruel” ao pressionar o joelho sobre o tórax de Reginaldo Norberto Soares. As agressões teriam acontecido por causa de uma discussão sobre horários de trabalho.
Segundo as investigações, no dia 23 de julho, por volta das 22h, Fábio teria entrado no quarto onde Reginaldo costumava dormir, na garagem do prédio que fica na Praça Serzedelo Corrêa, e segurado a vítima pelo pescoço e começado a esganá-lo.
1 de 2 Polícia Civil pediu a prisão de Fabio de Freitas Barbosa — Foto: Reprodução/ TV GloboPolícia Civil pediu a prisão de Fabio de Freitas Barbosa — Foto: Reprodução/ TV Globo
O colega caiu no chão e, sem soltar o pescoço de Reginaldo, Fábio teria pressionado o joelho no tórax dele, sem chance de defesa, causando as lesões que causaram a morte do porteiro.
No dia seguinte, Fábio voltou para casa onde morava, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, sentindo dificuldade para respirar e fortes dores no peito. Ele chegou a buscar ajuda médica, mas morreu horas depois.
Antes de morrer, Reginaldo chegou a registrar as agressões em um boletim de ocorrência na 12ª DP (Copacabana). No depoimento, ele afirmou que Fábio o agrediu no quartinho dos funcionários porque ali não tinha câmeras de segurança.
2 de 2 Reginaldo Norberto Soares morreu após agressões de colega de trabalho — Foto: Reprodução/ TV Globo
Reginaldo Norberto Soares morreu após agressões de colega de trabalho — Foto: Reprodução/ TV Globo
O corpo de Fábio chegou a ser sepultado, mas foi exumado por conta das investigações. O laudo do Instituto Médico-Legal (IML) identificou a causa da morte como “traumatismo do tórax com contusão hemorrágica dos pulmões, complicado com tromboembolismo e consequência asfixia por ação contundente”.
De acordo com o documento, ao qual a TV Globo e o g1 tiveram acesso, as lesões são compatíveis com o relato das agressões.
“Estão comprovadas lesões traumáticas em orelha, pescoço e tórax que tem nexo temporal com o evento da agressão. O aspecto de morte por asfixia significa morte de evolução rápida, o que pode ser explicado pela insuficiência respiratória inerente aos trombos identificados”, afirma o laudo do IML.
De acordo com o pedido de prisão preventiva feito pelo MPRJ e a Polícia Civil, a prisão é necessária para impedir interferências ao curso do processo e a segurança de testemunhas e familiares da vítima.
A Justiça recebeu a denúncia, mas decidiu por não decretar a prisão. Fábio irá responder em liberdade.
De acordo com a decisão da juíza Elizabeth Machado Louro, Fabio possui trabalho e residência fixa comprovadas. A magistrada destacou também que ele compareceu à delegacia para prestar depoimento no dia seguinte ao óbito da vítima.
“A afirmação de que o acusado poderá ameaçar ou intimidar familiares da vítima ou testemunhas surge como mera ilação, sem apoio em qualquer dado concreto nos autos”, afirma o documento.
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