Milton Nascimento chega aos 80 anos com aura sagrada pelo canto e pela obra construída com fé no povo da raça Brasil

Milton Nascimento completa 80 anos nesta quarta-feira, 26 de outubro de 2022, com o status de entidade da MPB — Foto: Marcos Hermes / Divulgação 1 de 1 Milton Nascimento completa 80 anos nesta quarta-feira, 26 de outubro de 2022, com o status de entidade da MPB — Foto: Marcos Hermes / Divulgação

Milton Nascimento completa 80 anos nesta quarta-feira, 26 de outubro de 2022, com o status de entidade da MPB — Foto: Marcos Hermes / Divulgação

♪ 💥️MILTON NASCIMENTO💥️ 80 ANOS – Vestido pelo estilista Ronaldo Fraga, Milton Nascimento aparece ornamentado como um rei mineiro no show 💥, com o qual vem se despedindo dos palcos em turnê que se encerrará em novembro em Belo Horizonte (MG).

Além de belo, o figurino de Fraga faz jus à nobreza desse artista que completa 80 anos hoje, 26 de outubro de 2022, com o status de divindade no universo da música do Brasil. Sim, Milton Nascimento faz 80 anos como entidade da MPB pela aura sagrada do canto e da obra.

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Com aguçada consciência social, Milton deu voz a versos escritos por parceiros letristas – sendo Fernando Brant (1946 – 2015), Marcio Borges e Ronaldo Bastos os mais frequentes e relevantes – que anunciaram a ao mesmo tempo em que reafirmaram a crença nos sonhos que nunca envelhecem.

Em essência, o cancioneiro de Milton Nascimento é manifesto em louvor do povo da raça Brasil. Um sopro de esperança nas Marias que têm fé na vida. Uma ode à amizade e ao poder do amor como remédio para a dor entranhada na música do cantor.

Musicalmente, Milton Nascimento descortinou admirável mundo novo ao ser projetado nacionalmente em 1967 no palco da segunda edição do 💥 (FIC), defendendo , marco inaugural da parceria com Brant.

Milton Nascimento já chegou pronto como cantor e compositor. Tanto que, no ano seguinte, já gravou o álbum 💥 (1968) para o mercado fonográfico dos Estados Unidos, para saciar a fome dos norte-americanos do clube do jazz, ansiosos para devorar aquela música repleta de melodias e harmonias inovadoras. Música que não segue padrões, mas que se tornou, ela própria, padrão tão referencial quanto inimitável na MPB.

Milton Nascimento é único. Sob o prisma musical, o artista apareceu sem antecedentes e tampouco deixará seguidores. Há, sim, legião de admiradores que cultuam a obra do artista com a consciência da singularidade desse cancioneiro de alma mineira. Mineira, mas também universal.

Das Geraes, Milton sempre enxergou o mundo, sobretudo a América Latina. A latinidade pulsa em parte da música composta pelo artista nos anos 1970, década que concentra o suprassumo da produção autoral do compositor. A partir de 1985, 💥 – parceria com o guitarrista e compositor Ricardo Silveira – abriu caminhos para o jazz de forma mais explícita.

Só que a música de Milton Nascimento sempre extrapolou rótulos e fronteiras. Se há uma característica, é a do espírito gregário que anima o compositor e que moveu álbuns como 💥 (1972), 💥 (1978) e 💥 (1993).

Milton é de turmas. Gosta de amigos. Mas, ao mesmo tempo, parece conter todo o universo em si mesmo, na alma no íntimo solitária e traduzida com sensibilidade nos versos de poetas letristas como Marcio Borges – o primeiro parceiro – e Fernando Brant, além de Ronaldo Bastos, o poeta fluminense admitido com honras no clube mineiro.

Por já ser eterno, Milton consegue embaralhar a noção de tempo. Parece haver um menino morando eternamente no coração do artista e esse menino vem sendo conduzido pelo v rumo à estação de trem onde somente desembarcam os gênios imortais como o já octogenário Milton Nascimento.

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