Lula diz que acredita nas urnas e que, após eleição, momento será de 'reconciliação' da população

Ex-presidente Lula (PT) concede entrevista a rádio de Manaus (AM) — Foto: Reprodução 1 de 2 Ex-presidente Lula (PT) concede entrevista a rádio de Manaus (AM) — Foto: Reprodução

Ex-presidente Lula (PT) concede entrevista a rádio de Manaus (AM) — Foto: Reprodução

O ex-presidente Lula, candidato do PT à Presidência da República, afirmou nesta quarta-feira (26) que acredita nas urnas eletrônicas e que, após a proclamação do resultado da eleição, o momento será de "reconciliação" da população.

Lula deu a declaração ao conceder entrevista para a Rádio Mix de Manaus (AM). A votação do segundo turno está marcada para o próximo domingo (30), e o candidato do PT criticou o que chamou de "política de ódio" na disputa eleitoral deste ano.

"É uma eleição entre a manutenção da conquista da democracia no nosso país — da recuperação do regime democrático — e a continuidade da barbárie que representa o governo Bolsonaro. [...] Ou o povo vai votar para continuar este país sendo um país civilizado, ou o povo vai votar na barbárie, que é o presidente Jair Bolsonaro. É isto o que está em jogo. E o povo vai decidir soberanamente. O que ele decidir, todo mundo vai acatar porque nós não duvidamos da urna", declarou Lula.

Candidato à reeleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) costuma atacar as urnas e o processo eleitoral. Sem jamais ter apresentado qualquer prova de indício de irregularidade, o presidente da República costuma repetir fake news já desmentidas por órgãos oficiais.

Sobre como pretende lidar com os apoiadores de Bolsonaro após as eleições, Lula respondeu:

Lula relembrou ter disputado as eleições contra Fernando Collor (1989), Fernando Henrique Cardoso (1994 e 1998), José Serra (2002) e Geraldo Alckmin (2006) e que, passada a eleição, quem perdia se preparava para a próxima eleição, e quem ganhava, governava.

"A gente disputava eleição, e quem pedia ia para casa lamentar e se preparar para a próxima eleição. Quem ganhava, começava a governar numa boa. Foi assim em 1989, 1994, 1998, 2006 e 2010", declarou o petista.

Lula e Simone Tebet participam de ato de campanha no segundo turno — Foto: Ana Carolina Magalhães/Inter TV Dos Vales 2 de 2 Lula e Simone Tebet participam de ato de campanha no segundo turno — Foto: Ana Carolina Magalhães/Inter TV Dos Vales

Lula e Simone Tebet participam de ato de campanha no segundo turno — Foto: Ana Carolina Magalhães/Inter TV Dos Vales

Durante a entrevista desta quarta-feira, Lula foi questionado se convidará a senadora Simone Tebet (MDB) para ser ministra. O candidato afirmou que não iria se "precipitar" sobre o assunto.

Simone Tebet disputou a Presidência da República pela primeira vez neste ano e, no primeiro turno, obteve 4,9 milhões de votos (4,1%). No segundo turno, a senadora declarou voto em Lula e, desde então, tem acompanhado o petista nos atos de campanha.

"Sou agradecido ao trabalho que ela [Simone Tebet] está fazendo. Muita dedicação. Ela é um quadro político importante, ela é uma mulher competente, ela valorizou muito a participação da mulher na campanha. Obviamente, a gente pode ter muita contribuição da Simone, mas eu não posso dizer se ela será ministra porque eu estaria precipitando uma coisa que eu não quero precipitar. Faltam só quatro dias para as eleições", respondeu Lula.

As pesquisas eleitorais têm mostrado Lula à frente do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.

Levantamento do instituto Ipec divulgado na última segunda (24), por exemplo, mostrou Lula com 50% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro apareceu com 43% das intenções de voto.

O colunista do g1 Valdo Cruz informou que, diante desse cenário, a campanha de Bolsonaro vive um clima de "apreensão e incerteza" e decidiu apostar "tudo" no debate da TV Globo, na próxima sexta (28).

O Blog do Valdo Cruz informou também que a campanha de Lula decidiu dedicar a última semana de campanha a temas ligados à economia, área sensível e que gera interesse da população, uma vez que há, por exemplo, cerca de 10 milhões de desempregados no país; a inflação está acima de 7% no acumulado dos últimos 12 meses; e cerca de 30 milhões de pessoas passam fome no país.

Ouça o episódio do podcast 💥️O Assunto sobre "Eleição: a batalha do salário mínimo":

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