Julia Duailibi e Mônica Waldvogel analisam debate entre Tarcísio e Haddad

Montagem de fotos com Tarcísio e Haddad no debate da Globo — Foto: Fábio Tito/g1 1 de 1 Montagem de fotos com Tarcísio e Haddad no debate da Globo — Foto: Fábio Tito/g1

Montagem de fotos com Tarcísio e Haddad no debate da Globo — Foto: Fábio Tito/g1

O debate entre Tarcísio Freitas (Republicanos) e Fernando Haddad (PT), candidatos ao governo de São Paulo, foi marcado por temas nacionais na análise de Julia Duailibi e Mônica Waldvogel.

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Os dois candidatos, que se encontraram na TV Globo nesta quinta-feira (27), são apadrinhados, respectivamente, por Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que disputam o segundo turno das eleições presidenciais.

Para Duailibi, o debate entre os dois trouxe as questões nacionais para o primeiro plano, sem levar protagonismo às figuras de Lula e Bolsonaro.

"Por que isso? Muito provavelmente porque Lula, no primeiro turno, teve uma votação menor do que a de Tarcísio. Então Haddad não ficou explorando com muita frequência a figura do ex-presidente Lula. E Tarcísio, por sua vez, sabe que Bolsonaro está estagnado nas pesquisas de intenção de voto e que há uma rejeição grande ao presidente, então também não ficou colando tanto na imagem do presidente da República embora o desempenho dele [Tarcísio] no primeiro turno seja absolutamente atrelado ao presidente."

Já Waldvogel destacou que a campanha em São Paulo é nacionalizada.

"É um debate muito interessante, foi bastante rico em variedade de assuntos e envolvimento dos dois candidatos para tentar dar conta dos diferentes temas, que misturaram temas nacionais, porque a campanha em São Paulo é nacionalizada. [...] Quando eles vão fazer as considerações finais, Tarcísio pediu votos para Bolsonaro. Ele usou o seu tempo, não para sua própria eleição, ao ponto de se esquecer de dizer o seu número."

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Duailibi destacou, também, a estratégia de Haddad de questionar Tarcísio sobre a investigação da morte em Paraisópolis durante a agenda do adversário na comunidade.

"Haddad fez uma estratégia inteligente do ponto de vista da campanha do PT para tentar jogar a isca para Tarcísio [...] Haddad aproveita para fazer esse questionamento, que é o questionamento do dia, da campanha, no final. E ainda Tarcísio escorrega porque ele responde, mas esgota o tempo dele na resposta. E aí deixa mais de um minuto para Haddad falar sobre o tema que movimenta o embate hoje."

Waldvogel lembrou do papel dos dois candidatos como ministros de governo — enquanto Haddad chefiou a pasta da Educação na gestão Lula, Tarcísicio foi ministro da infraestrutura de Bolsonaro.

"E também porque os dois são ex-ministros. Portanto, eles puderam ser cobrados pelo que já fizeram e pelo que não fizeram, tanto na esfera federal, como na esfera local. Então, enquanto Haddad, como ex-ministro da Educação, podia falar do que aconteceu na criação de institutos de educação federais e vários projetos que ele pôs em curso, ele também pode acusar um dos pontos frágeis do governo Bolsonaro que é o orçamento das universidades federais."

"Por outro lado, Tarcísio tem na cabeça todo um mapa da infraestrututa, não apenas do Brasil, como também do estado de São Paulo. Então, durante a discussão sobre de remessa de oxigênio para Manaus durante a pandemia, houve até ali uma disputa sobre quanto metros de asfalto, quantos quilômetros de asfalto havia para os caminhões levarem oxigênio a Manaus com diferentes números", completou Waldvogel.

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