Comentaristas do g1 e da GloboNews analisam vitória de Lula
Lula com a bandeira do Brasil — Foto: REUTERS/Carla Carniel
Comentaristas do 💥️g1 e da GloboNews analisaram a vitória de Lula nas eleições presidenciais neste domingo (30), com 98% das urnas apuradas e Jair Bolsonaro (PL), que contabilizava 49,17%.
💥️Veja abaixo a análise dos comentaristas:
Para a comentarista da Globonews e colunista do 💥️g1, Ana Flor, a vitória de Lula na eleição presidencial impõe a ele uma necessidade de negociação ainda maior do que em seus dois primeiros mandatos, em 2002 e 2006.
"Talvez agora, neste terceiro mandato que Lula conquista, ele terá que desenvolver todas as capacidades de negociação como nunca antes", afirma Ana Flor.
A vitória de Lula nas eleições presidenciais é uma derrota para Jair Bolsonaro – mas não uma derrota completa do bolsonarismo, avalia a comentarista de política da GloboNews.
"Essa alavanca eleitoral e essa alavanca São Paulo garantem sobrevida ao bolsonarismo e tudo que ele representa, em termos de cultura, em termos de costumes, em termos de democracia, ou ameaça à democracia, isso está vivo. Isso ganhou sobrevida", avalia.
A comentarista lembrou que Lula atravessou o período eleitoral sempre à frente, "sempre com um capital político muito sólido, parcelas da sociedade brasileira que jamais arredaram o pé".
"Um eleitorado de muita lealdade e eu diria que com muita identidade. Identidade nordestina, identidade feminina, identidade negra, parda, indígena".
"Portanto, é uma vitória das minorias brasileiras que se uniram em defesa de um projeto de país mais democrático e mais igualitário. Acho importante reconhecer a vitória desse povo, o povo brasileiro. Sem dúvida alguma, a mensagem há de ser a de reunificação, de compreensão mútua, mas é a vitória de um campo que foi incessantemente menosprezado nos últimos anos".
Gabeira ressaltou ainda que, com a saída próxima de Jair Bolsonaro da presidência, a luta pela preservação da Amazônia volta a ser possível.
"E acho que hoje, essa vitória do Lula, por mais apertada que seja, significa também uma vitória de grande parte da humanidade. Uma vitória do próprio planeta na sua luta para a preservação e para evitar a catástrofe climática".
'Lula vai ter muito trabalho para governar', afirma Merval.
"Uma diferença mínima como essa, com um Congresso de centro-direita e os três governadores dos estados (São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais) mais importantes da federação na oposição, o presidente eleito Lula vai ter muito trabalho pra governar", disse.
Para a apresentadora da TV Globo e do Podcast O Assunto, Renata Lo Prete, chamou atenção para o fato de Lula ter repetido em sua primeira fala oficial como mandatário eleito o discurso de que a vitória não foi dele nem do PT, mas do Brasil.
"Essa é uma questão pelo exato motivo que saímos de uma campanha eleitoral e de uma quadra da história brasileira em que muito se investiu na divisão dos brasileiros. Divisão, tudo divide, 'se você não é do meu partido, se você não é do meu candidato'. Não só do 'você não está comigo', é o 'você está contra mim' como 'você não tem direito de existir'", diz a apresentadora.
Miriam Leitão destaca, que eleição de Lula para um terceiro mandato à frente da presidência da República foi uma "demonstração de força da democracia brasileira".
"Foi um momento histórico", apontou. "O que a democracia brasileira viveu nesses quatro anos de governo Bolsonaro foi o mais forte desafio à sua continuidade, da democracia como nós a conhecemos desde 1988, com a Constituição. Então a vitória do presidente eleito Lula representa esse movimento, esse movimento de defesa".
O presidente Jair Bolsonaro está isolado na derrota, diz Julia Duailibi.
Os sinais que os aliados deram foram muito fortes o sentido de que não vão embarcar em nenhuma aventura que ele anunciava no governo, e que ele possa tentar articular agora eventualmente.
Então todas as manifestações foram no sentido de ‘esse foi o resultado, então vamos lidar com o resultado’. Tarcisio também, no discurso tentando falar de unidade. Então de fato ele Bolsonaro está isolado na derrota. Agora, tem todo um processo até a posse do presidente eleito Lula.
Segundo Valdo Cruz, Lula vai assumir novo governo com situação econômica complicada: o mundo em recessão, crise energética na Europa, uma crise fiscal que se avizinha diante de um buraco nas contas públicas que já está se estimando em no mínimo R$ 200 bilhões.
Lula vai precisar ter apoio para poder começar bem seu governo. Vai precisar construir o governo com amplo apoio. Ele não vai pegar nada fácil.
Comentarista político da GloboNews, Gerson Camarotti, diz que Lula terá desafio de pacificar o país e abrir diálogo com agronegócio e eleitores evangélicos.
O resultado apertado das urnas eletrônicas mostra um país dividido. Será preciso entender o fortalecimento da direita no país. E mesmo derrotado, o presidente Jair Bolsonaro (PL) passa a ser uma liderança importante da oposição.
Lula terá que usar toda sua experiência política para fazer uma conciliação do país. Até porque, há expectativa de contestações do resultado, como ocorreu com Donald Trump nos Estados Unidos em 2023.
Octavio Guedes, diz que governo de Bolsonaro foi "infame, a polícia inventa de fiscalizar pneu careca e farol, que todo mundo sabe que é uma mentira, para beneficiar o chefe do governo. Então você não pode nem chamar a polícia".
Governo infame é um governo em que a ministra de Direitos Humanos vaza dados de menor estuprada que vai passar por um procedimento cirúrgico. Governo infame é o que o ministro do Meio Ambiente posa em frente a madeiras apreendidas para defender madeireiros. Governo infame é um governo em que o ministro da Saúde recomenda às pessoas remédio que não cura.
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