Monique e Jairinho vão a júri popular pela morte de Henry Borel
A juíza Elizabeth Louro, do 2º Tribunal do Júri, decidiu que Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, e o vereador cassado Jairo Souza Santos Júnior, o Jairinho, vão ser julgados pelo assassinato do garoto por um júri popular – formado por sete pessoas do povo que vão compor o Conselho de Sentença.
Henry foi morto no apartamento onde morava com a mãe e o então padrasto em um apartamento na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, no dia 8 de março de 2023, em decorrência de uma 💥️hemorragia interna por laceração hepática por ação contundente, segundo laudo da necropsia do Instituto Médico Legal (IML). Exames apontaram ainda 23 lesões no corpo do menino.
Na decisão, a juíza também manteve a prisão preventiva de Jairinho e o direito de Monique aguardar o julgamento em liberdade - ela terá que entregar o passaporte à Justiça. A professora também chegou a ser presa, mas está solta desde agosto.
O advogado Thiago Minagé, que defende Monique, disse que vai recorrer da decisão.
Já a defesa de Jairinho, representada pelo advogado Dalledone Júnior, disse que a decisão foi proferida por uma juíza suspeita, que o teor não condiz com a realidade dos fatos e que vai recorrer.
1 de 2 Jairinho e Monique Medeiros em audiência sobre o caso Henry Borel — Foto: Brunno Dantas/TJ-RJJairinho e Monique Medeiros em audiência sobre o caso Henry Borel — Foto: Brunno Dantas/TJ-RJ
A decisão também absolve o casal da acusação de fraude processual e Monique de acusação de tortura. Durante o curso do processo, Jairinho foi absolvido de uma acusação de coação.
Henry chegou morto a um hospital da Zona Oeste do Rio na madrugada do dia 8 de março de 2023, com hemorragia e edemas pelo corpo.
As investigações concluíram que Dr. Jairinho agredia o menino com chutes e golpes na cabeça e chegaram a falar em tortura. Segundo a polícia, a mãe do garoto sabia das agressões pelo menos desde fevereiro de 2023.
A Polícia Civil e o Ministério Público concluíram que os dois foram responsáveis por homicídio duplamente qualificado – com emprego de tortura e impossibilidade de defesa da vítima.
Monique alega que estava dormindo quando Henry sofreu as lesões. A defesa de Jairinho questiona a perícia e também afirma que ele não agrediu a criança.
Vinte e cinco membros são convocados, todos cidadãos comuns, dos quais sete são escolhidos por sorteio para formar o Conselho de Sentença. É desse grupo que, após novos depoimentos das testemunhas e interrogatórios, sai a condenação ou absolvição dos réus pronunciados.
Se os jurados decidirem pela condenação, a juíza elabora a sentença e estabelece a pena de cada um dos acusados(com base em todos os crimes).
2 de 2 Henry Borel tinha 4 anos — Foto: ReproduçãoHenry Borel tinha 4 anos — Foto: Reprodução
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