Milton Leite amplia subsídio para bancar transporte da cidade de SP; frota de ônibus está 7% menor do que em 2023, pré-pandemia

O prefeito em exercício da cidade de São Paulo, Milton Leite (União Brasil), liberou nesta sexta-feira (4), por decreto, subsídio para bancar o transporte público na cidade quase 30% maior do que o do ano passado. São mais de R$ 492 milhões, um valor que supera o orçamento de secretarias inteiras para o ano que vem.

No decreto, o subsídio é chamado de "compensações tarifárias do sistema", e o dinheiro é usado para complementar o valor da passagem paga pelos passageiros às empresas. Sem esse valor, segundo a administração municipal, a passagem custaria R$ 7,60.

A prefeitura afirma que busca novas fontes de financiamento para o transporte público na capital e que a tarifa está entre as menores da Grande São Paulo.

O valor desse repasse cresce ano após ano. Se antes da pandemia ele foi de R$ 3,100 bilhões, hoje, ele já está em quase R$ 4,300 bilhões. Isso é praticamente tudo o que a prefeitura pretende usar dos cofres públicos com habitação no ano que vem.

 Movimentação de ônibus no Terminal Bandeira, no Centro de São Paulo. — Foto: RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO 1 de 1 Movimentação de ônibus no Terminal Bandeira, no Centro de São Paulo. — Foto: RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Movimentação de ônibus no Terminal Bandeira, no Centro de São Paulo. — Foto: RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Por outro lado, a frota total de coletivos disponíveis caiu 7,28% na capital, quando comparados dados de 2023, pré-pandemia de Covid-19, e 2022, na fase da retomada. Até outubro deste ano, a cidade contava com 11.925 veículos para atender a população; no mesmo período de 2023, eram 12.860. E a longa espera nos pontos de ônibus da cidade de São Paulo é a principal reclamação sobre a SPTrans entre os moradores que ligam no 156.

Segundo dados obtidos pelo 💥️g1 e pela 💥️TV Globo, em 2023 a frota sofria flutuações, e o número de ônibus disponíveis para a população variava entre 11 mil e 13 mil.

Em março de 2023, no início da pandemia da Covid-19, a frota total era de 12.814 coletivos quando foi anunciada a redução de 40% dos ônibus em circulação como medida de proteção contra o coronavírus.

De acordo com informações divulgadas nos boletins de Mobilidade e Transportes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), entre 2023 e 2023, analisando todos os meses do ano, em nenhum momento o total de veículos ultrapassou 12 mil ou voltou aos parâmetros pré-pandemia.

Neste ano, na retomada, de maio a outubro, o número ficou estagnado em 11.925 ônibus 💥️(confira os dados abaixo).

Em nota, a SPTrans informou que mantém a frota da cidade "sempre acima da demanda" desde a chegada da pandemia.

"Como amplamente noticiado e divulgado com total transparência por meio de um boletim diário, a frota de ônibus da cidade foi mantida sempre acima da demanda, desde a chegada da pandemia de coronavírus. Atualmente a Capital conta com uma frota operacional de 93% na cidade toda e 97,4% nos bairros, enquanto a demanda de passageiros está em 80%. Além disso, é importante salientar que a SPTrans monitora as condições de oferta de ônibus na cidade 24 horas por dia, seja via sistemas e via técnicos em campo. Sempre que houver necessidade são realizadas readequações de frota para melhor atendimento aos passageiros do Sistema de Transporte", diz o comunicado.

"A avaliação da variação da oferta deve considerar a diferença de cenários entre hoje e três anos atrás, considerando não só a questão de saúde pública, no qual o transporte público por ônibus foi mantido em todas as fases da pandemia, operando acima da demanda apresentada, cumprindo seu papel de serviço essencial", completa.

Para Glaucia Pereira, do Instituto de Pesquisa Multiplicidade Mobilidade Urbana, a demanda de passageiros muda de bairro para bairro e também sofre alterações conforme o horário do dia.

O intervalo excessivo, ou seja, a demora para conseguir pegar um ônibus, já recebeu 11.640 reclamações de moradores da capital até setembro deste ano, segundo dados do portal 156 obtidos pelo 💥️g1.

O número já é maior do que o registrado no mesmo período de 2023, quando havia mais ônibus circulando na capital e foram registradas 11.201 reclamações pelo mesmo motivo no portal.

Em nota, a SPTrans disse que "incentiva que os passageiros registrem suas mensagens nos canais oficiais. A participação da população permite dar direcionamento preciso às equipes de fiscalização de campo".

E que os registros são "utilizados para direcionar para uma ação mais efetiva, visando corrigir os problemas citados e também podem gerar alterações no trajeto de linhas, reforço na quantidade de viagens e complemento no treinamento dos operadores, por exemplo. Além disso, cada demanda é verificada e as empresas responsáveis são orientadas e cobradas a respeito dos níveis de qualidade e eficiência exigidos pela gestora".

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