Prefeitura vai construir 2ª vila de casas modulares para moradores em situação de rua na Ladeira da Memória, Centro de SP
A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) anunciou neste sábado (5) que que vai construir uma segunda unidade da 'Vila Reencontro' para abrigar pessoas em situação de rua na Ladeira da Memória, próximo à estação Anhangabaú do Metrô, no Centro de São Paulo.
A 'Vila Reencontro' é um projeto de casas modulares metálicas, feitas de contêineres, e usadas como moradia provisória para moradores em situação de vulnerabilidade social.
As moradias de 18 m² são de estrutura totalmente metálica, com paredes e forro feitos de material antichamas para isolamento térmico e acústico. Cada unidade tem banheiro próprio e uma minicozinha e pode abrigar até quatro pessoas.
1 de 4 Instalação de casas modulares na Vila Reencontro da Avenida do Estado, Centro de SP — Foto: Divulgação/SecomInstalação de casas modulares na Vila Reencontro da Avenida do Estado, Centro de SP — Foto: Divulgação/Secom
De acordo com a prefeitura, o terreno da Ladeira da Memória é de propriedade municipal e terá 41 unidades modulares instaladas, com capacidade para abrigar até 160 pessoas.
A previsão é que o novo espaço de acolhimento comece a funcionar até o final do ano. O custo total será de R$ 4 milhões, com a estrutura do serviço inclusa, como cozinha comunitária, brinquedoteca e atendimento socioassistencial para os moradores.
“A [SMADS] ressalta que tem realizado prospecção de outras áreas para implantação de casas modulares e criação de novas Vilas Reencontro. Os terrenos em estudo são espaços públicos com boa oferta de serviços e transporte nas proximidades e que demonstrem relação com os dados do Censo da População em Situação de Rua 2023, considerando que o levantamento também aponta os perfis e as áreas com maior presença de pessoas vivendo nesta condição”, disse a gestão Ricardo Nunes (MDB) ao 💥️g1.
2 de 4 Interior de casa modular da Vila Reencontro — Foto: Reprodução/TV GloboInterior de casa modular da Vila Reencontro — Foto: Reprodução/TV Globo
A primeira unidade está sendo erguida pela gestão municipal na Avenida do Estado, nº 900, no bairro do Bom Retiro, também na região central da capital paulista.
As habitações da primeira unidade ainda não foram entregues porque, conforme o 💥️g1 publicou, estão em terreno ao lado de uma área de solo contaminado. A área deveria ter ficado pronta e com gente morando no último mês de setembro.
Por meio de nota, a SMADS afirmou que a unidade “está em processo final de avaliação das condições do solo”.
3 de 4 Casas modulares da Vila Reencontro sendo instaladas na Avenida do Estado, nº 900 — Foto: Reprodução/TV GloboCasas modulares da Vila Reencontro sendo instaladas na Avenida do Estado, nº 900 — Foto: Reprodução/TV Globo
A 'Vila Reencontro' faz parte do programa municipal de mesmo nome, inspirado na proposta internacional , iniciada nos Estados Unidos há quase 20 anos para priorizar a moradia como porta de entrada para outros direitos sociais da população de rua, como educação, saúde e trabalho.
Outros países como Espanha, Canadá, Japão e França já têm experiência de sucesso semelhantes nesse eixo de atuação.
4 de 4 Projeto de instalação da Vila Reencontro, no centro da capital paulista — Foto: Divulgação/SecomProjeto de instalação da Vila Reencontro, no centro da capital paulista — Foto: Divulgação/Secom
Em São Paulo, as unidades serão destinadas prioritariamente a famílias, com ou sem crianças, que estejam utilizando as ruas da cidade como moradia há menos de dois anos, segundo a prefeitura.
“Cada família deve permanecer entre 12 e 18 meses nas moradias transitórias das Vilas Reencontro, sendo permanente a avaliação de caso a caso, e participar de capacitações profissionais e outros atendimentos sociais com o objetivo de ganho de autonomia”, diz a SMADS.
Os critérios para elegibilidade são as informações que constam no CadÚnico. As famílias em que as mulheres são as responsáveis, núcleos familiares que possuam crianças e adolescentes em sua composição e que estejam em situação de rua por um período mais recente (de seis meses a 24 meses) são prioridade, diz a pasta da Assistência Social.
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