Operação cumpre 31 mandados de busca e apreensão em imóveis ligados a construtora de Campos, no RJ
O Ministério Público realizou nesta terça-feira (8) uma operação de busca e apreensão em imóveis ligados a uma construtora de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. A promotoria investiga possíveis fraudes em licitações.
Durante a operação foram cumpridos mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro contra 31 alvos, sendo 23 pessoas físicas e 8 pessoas jurídicas nos municípios de Campos, Engenheiro Paulo de Frontin, entre outras regiões.
Em Campos, os promotores estiveram na sede da construtora na Avenida Pelinca onde cumpriram dois mandados; além de outros dois mandados de buscas em Bom Jesus do Itabapoana, no Norte Fluminense.
Ao fim da "Operação Rodeio", os agentes apreenderam R$ 317.535 em dinheiro, prendeu uma pessoa em flagrante por posse ilegal de arma de fogo e apreendeu 23 aparelhos celulares, nove notebooks, uma pistola semiautomática de calibre .380; 26 componentes de munição, entre outros documentos e dispositivos eletrônicos.
O objetivo da operação era coletar provas para instruir procedimento instaurado pelo MPRJ, que visa a apurar crimes licitatórios e formação de organização criminosa com atuação na localidade. Não houve requerimento nem decretação de prisão cautelar.
A ação contou com participação de promotores de Justiça, agentes da Coordenadoria de Segurança e Inteligência do MPRJ e oficiais de Justiça do TJRJ, num total de 27 equipes.
A empresa já prestou serviços para a Secretaria de Obras de Campos, na gestão do ex-prefeito Rafael Diniz. De acordo com o Ministério Público, a empresa também presta serviços para a atual gestão do Governo do Estado do Rio.
Os agentes que atuam na operação chegaram ao endereço por volta das 6h. Funcionários que trabalham no local disseram que uma pessoa chegou a jogar um estojo com pendrives pela janela, mas os policiais conseguiram recuperar.
O MPRJ não divulgou quais obras realizadas na cidade estariam envolvidas no suposto esquema nem o prejuízo causado aos cofres públicos.
A Prefeitura de Campos dos Goytacazes informou que desconhece detalhes da operação. A equipe de reportagem tenta contato com o Governo do Estado do Rio e com a empresa alvo da operação.
De acordo com a assessoria do ex-prefeito Rafael Diniz, os únicos serviços prestados pela empresa foram obras que ficaram do governo da ex-prefeita Rosinha Garotinho, como a obra de reforma da UPH de Travessão.
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