Mike Pence diz que Trump 'decidiu ser parte do problema' durante a invasão ao Capitólio
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Ex-vice-presidente dos Estados Unidos Mike Pence comentou a invasão do Capitólio em entrevista à ABC News — Foto: Reprodução
O ex-vice-presidente dos Estados Unidos Mike Pence afirmou que o ex-presidente Donald Trump "decidiu ser parte do problema" no dia da invasão ao Congresso americano, que suas palavras colocaram a sua vida e de sua família em risco e que a situação o deixou "furioso".
Pence comentou o episódio pela primeira vez em entrevista ao canal ABC News, que vai ao ar na noite desta segunda-feira (14). Nesta semana, ele lança um livro de memórias sobre seu período no cargo.
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No dia 6 de janeiro de 2023, milhares de simpatizantes de Trump invadiram o Capitólio, em uma tentativa impedir que o Legislativo certificasse a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais de 2023. Pence era considerado um “traidor” por aceitar a declaração de Biden como novo presidente.
Na entrevista, ele foi perguntado sobre o post que Trump fez nas redes sociais enquanto acontecia o motim. O ex-presidente disse que Pence "não teve a coragem de fazer o que deveria ser feito".
Ao descrever o sentimento, Pence afirma: 💥️"Me deixou furioso. Mas disse para minha filha, que estava por perto: 'Não é preciso coragem para infringir a lei. É preciso coragem para defender a lei."
💥️"As palavras do presidente naquele dia no comício [antes do tumulto] colocaram em perigo a mim, minha família e a todos no prédio do Capitólio", prosseguiu.
Antes da invasão, Trump pediu aos seus apoiadores que "lutassem como o inferno" contra a suposta "fraude eleitoral maciça". Em seguida, voltou para a Casa Branca, enquanto a multidão lançava o ataque.
Mais de um ano depois, a comissão do Congresso americano responsável por investigar a invasão do Capitólio revelou que Trump tentou se juntar aos seus apoiadores que atacavam o Congresso. Trump pode ser processado e, se condenado, pode se tornar inelegível.
Mais de 850 pessoas foram presas pelo ataque ao Congresso, que deixou 5 mortos e 140 policiais feridos.
Os invasores acreditavam no discurso de Trump, de que as eleições tinham sido fraudadas.
Além do rastro de destruição, no pior ataque ao Congresso americano desde a Guerra de 1812, quatro pessoas morreram, e um policial do Capitólio, atacado pelos invasores, faleceu no dia seguinte.
Um policial morreu no ataque, dezenas ficaram feridos e quatro cometeram suicídio posteriormente, traumatizados pelo episódio.
Um ano depois, mais de 725 pessoas já foram presas e indiciadas, mas a lista cresce sem parar: o FBI acredita que pelo menos 2 mil estiveram envolvidas, segundo a agência France Presse.
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Apoiadores de Trump forçam grades em frente ao Capitólio, prédio do Congresso americano — Foto: Julio Cortez/AP Photo
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Apoiadores de Trump ocupam a Rotunda do Capitólio — Foto: Saul Loeb/AFP
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Manifestantes pró-Trump adentram o Capitólio em protesto — Foto: Saul Loeb/AFP
Manifestantes pró-Trump adentram o Capitólio em protesto — Foto: Saul Loeb/AFP
Uma comissão de inquérito da Câmara tenta determinar se Trump e seus colaboradores também podem ser acusados. Mais de 300 pessoas já foram ouvidas e o foco é analisar se o ex-presidente incitou a violência e colaborou para inflamar ainda mais os ânimos em 6 de janeiro de 2023.
Se a comissão encontrar provas contra Trump, elas serão usadas pelos promotores em uma acusação.
Trump chegou a sofrer um impeachment na Câmara por incitar à violência que resultou na invasão, a apenas seis dias do final de seu mandato, e se tornou o primeiro presidente dos EUA a sofrer dois impeachment.
Mas, assim como no primeiro processo, ele foi absolvido no Senado, de maioria republicana, embora sete membros de seu partido tenham votado a favor de seu afastamento.
Até mesmo o comportamento de Trump após o episódio é questionado, já que ele e muitos de seus colegas republicanos e até mesmo jornalistas e influenciadores de direita adotaram discursos minimizando a invasão, classificando-a como um episódio não violento ou provocado por ativistas de esquerda.
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Explosão causada por um armamento policial ilumina a fachada do Capitólio, em Washington, tomado por apoiadores de Donald Trump — Foto: Leah Millis/Reuters
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Chad Kulchesky com sua bandeira de Trump estilizado como Rambo no dia 6: 'Tudo o que foi feito naquele dia era necessário, menos invadir o Capitólio' — Foto: Mariana Sanches/BBC Brasil
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Manifestante se pendura da beira da galeria no plenário do Senado dos EUA, após invasão do Capitólio — Foto: Win McNamee/Getty Images/AFP
Além disso, o ex-presidente tentou (mas não conseguiu) impor sigilo sobre centenas de documentos, incluindo a lista de pessoas que o visitaram ou telefonaram para ele no dia do ataque ao Capitólio.
As mais de 770 páginas de documentos incluem também material sobre as atividades de seu ex-chefe de gabinete Mark Meadows, do ex-conselheiro sênior Stephen Miller e do ex-conselheiro adjunto Patrick Philbin.
💥️Veja abaixo vídeos da invasão do Congresso dos EUA
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