Pai e filha que morreram atropelados por motorista sem CNH treinavam para a São Silvestre, diz amigo

Pai se considerava mentor e treinador da filha. — Foto: Reprodução/ Tv Globo 1 de 4 Pai se considerava mentor e treinador da filha. — Foto: Reprodução/ Tv Globo

Pai se considerava mentor e treinador da filha. — Foto: Reprodução/ Tv Globo

Pai e a filha que foram atropelados e mortos por um motorista sem Carteira Nacional de Habilitação (CNH), na terça-feira (15), em Guarulhos, Grande São Paulo, treinavam para a Corrida de São Silvestre quando foram atingidos pelo veículo. 💥️Álvaro Gonçalves Levadinha, de 69 anos, e 💥️Jéssica Messias Levadinha, de 31, morreram na hora.

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Os corpos das vítimas foram enterrados nesta quarta-feira (16), em um cemitério da cidade. Parentes e amigos que estiveram presentes na cerimônia pediram "justiça" e punição ao motorista.

O pai de Jéssica é quem treinava a filha no momento em que eles foram atropelados e mortos.

De acordo com o boletim de ocorrência, o motorista do carro 💥️João Victor Aflinis Carvalho, de 19 anos, não possui habilitação para dirigir e admitiu à polícia que bebeu antes de pegar o volante.

A polícia suspeita ainda que o veículo que matou as vítimas, um Mitsubishi Pajero, estava acima da velocidade permitida para a via, que é de 70 km/h. O automóvel invadiu o canteiro central da Rodovia Hélio Smidit, derrubou dois postes de iluminação e ainda destruiu parte do alambrado do local.

💥️João Victor, que é soldado do Exército, permaneceu no local do acidente e foi preso em flagrante. Ele foi indiciado pela Polícia Civil por homicídio por dolo eventual, quando se assume o risco de matar.

Nesta quarta-feira, o motorista passou por audiência de custódia, e a Justiça converteu sua prisão em preventiva, o que significa que ele ficará detido sem prazo determinado.

João está preso em um quartel do Exército em Osasco. O motorista responderá a um processo criminal na Justiça comum, mas também será investigado em inquérito militar pelo fato de ser soldado do Exército.

A defesa do motorista disse que ainda não teve acesso aos laudos e perícias para se manifestar.

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Vídeos de câmeras de segurança da via registraram os últimos momentos de Jéssica correndo. Ela aparece no canteiro central da via. Em seguida, as imagens mostram o carro que atropelou a atleta e o pai dela com a frente destruída.

Segundo o registro policial, a corredora foi lançada a 50 metros de distância do local da colisão. O pai dela também foi arremessado com o impacto. Um tênis, que seria de Álvaro, ficou no gramado 💥

O local do atropelamento fica próximo à entrada do Terminal 1 do Aeroporto Internacional de Guarulhos. O caso foi atendido inicialmente pela💥️ Polícia Rodoviária Federal (PRF) e pela 💥️Polícia Militar (PM).

Soldado João Victor Aflinis Carvalho foi preso por atropelar e matar pai e filha em Guarulhos — Foto: Reprodução 2 de 4 Soldado João Victor Aflinis Carvalho foi preso por atropelar e matar pai e filha em Guarulhos — Foto: Reprodução

Soldado João Victor Aflinis Carvalho foi preso por atropelar e matar pai e filha em Guarulhos — Foto: Reprodução

Apesar de ter admitido aos policiais que estava em uma festa e tinha bebido, João não quis passar pelo teste do bafômetro e nem cedeu sangue para exames. Eles serviriam para confirmar se o motorista tinha bebido ou consumido alguma outra substância enquanto dirigia.

A análise clínica feita por um médico não constatou alterações compatíveis com embriaguez.

Segundo a polícia, João disse, que antes do atropelamento, voltava de uma festa e havia dado carona a duas amigas. Ainda, de acordo com o boletim de ocorrência do caso, João não demonstrou "arrependimento ou qualquer sentimento de culpa" pelo que aconteceu.

Uma perícia também irá aferir a provável velocidade do carro no momento do atropelamento. O veículo foi apreendido.

Como o carro não é do soldado, a investigação ouviu o dono do veículo, que reclamou que o automóvel foi pego "de forma indevida, escondida, sem qualquer autorização".

Procurada para falar sobre o assunto, a defesa do motorista afirmou que só irá apresentar futuramente mais detalhes sobre a versão do cliente.

Tênis de Álvaro Levadinha, que morreu após ser atropelado pelo soldado João Victor Carvalho em Guarulhos, na Grande SP — Foto: Walace Lara/TV Globo 3 de 4 Tênis de Álvaro Levadinha, que morreu após ser atropelado pelo soldado João Victor Carvalho em Guarulhos, na Grande SP — Foto: Walace Lara/TV Globo

Tênis de Álvaro Levadinha, que morreu após ser atropelado pelo soldado João Victor Carvalho em Guarulhos, na Grande SP — Foto: Walace Lara/TV Globo

Jéssica era corredora de rua amadora. Nas suas redes sociais, ela mostrava a paixão pelo esporte em fotos e vídeos. Álvaro era comerciante e se considerava treinador e mentor da filha. Os dois eram inseparáveis e sempre estavam juntos nos treinos e nas corridas.

Em um vídeo publicado em uma rede social, o pai aparece comemorando o desempenho da filha durante um treino.

"Eu conheci a Jéssica há muitos anos. Quando ela tinha 14 anos, veio um pedido formal do seu pai, e sentimental também, para que fosse liberada a sua inscrição para uma prova de corrida de rua em Guarulhos. E como a Jéssica já treinava com seu pai desde os 10, 11 anos, nós abrimos uma exceção para que ela participasse da prova. E surpreendentemente, ela participou da prova e subiu ao pódio", lembrou Wilson Santos, atleta e amigo da família.

Motorista sem habilitação atropela e mata pai e filha que corriam em canteiro central de rodovia em Guarulhos — Foto: Divulgação/PRF-SP 4 de 4 Motorista sem habilitação atropela e mata pai e filha que corriam em canteiro central de rodovia em Guarulhos — Foto: Divulgação/PRF-SP

Motorista sem habilitação atropela e mata pai e filha que corriam em canteiro central de rodovia em Guarulhos — Foto: Divulgação/PRF-SP

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