Apoio suíço de 10,5 ME melhorou acesso a água e saneamento em Moçambique
Mais de 250 mil pessoas beneficiaram de um programa financiado pela Suíça com 11,1 milhões de dólares (10,5 milhões de euros) na melhoria no acesso a água e saneamento em Moçambique, foi hoje anunciado.
“O programa GoTAS III, financiado pela Agência Suíça para o Desenvolvimento e cooperação (SDC), já beneficiou mais de 250 mil pessoas em Niassa”, avançou, numa nota, o Conselho Executivo Provincial de Niassa, no norte do país.
GoTAS é um programa de Governança em Água, Saneamento e Saúde, criado em 2014.
O programa está atualmente na terceira fase, que teve início em 2022, com previsão para o fim em 2025, e que deverá beneficiar aproximadamente 653 mil pessoas em Moçambique.
Segundo as autoridades de Niassa, o programa construiu 117 furos de água e reabilitou cinco unidades sanitárias nos distritos de Mandimba, Sanga, Lago, Lichinga e Chimbunila, desde 2014 e já existe a previsão de investimento para 2025.
“Para 2025, um novo investimento de 853.625 dólares americanos [812 mil euros], irá expandir infraestruturas de água, saneamento e saúde”, explicou o órgão.
O Conselho Executivo de Niassa acrescenta que a colaboração com parceiros continua a transformar a vida das comunidades, “promovendo um futuro mais sustentável”.
Em agosto, o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, afirmou que 63,6% da população moçambicana, o correspondente a 20 milhões de pessoas, já tem acesso a água potável.
“No início do meu mandato, em 2015, o acesso à água potável situava-se em 51%, isto é, abastecia a 12,6 milhões de pessoas, mas quando nós moçambicanos éramos 20 milhões. (…) Com a implementação de vários programas, com destaque para Água para Vida, o nível de cobertura evoluiu para 63,6%, beneficiando cerca de 20 milhões em 2024”, afirmou o Presidente moçambicano, durante a inauguração do sistema de abastecimento de água de Pemba, na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique.
Filipe Nyusi reconheceu que o acesso à água ainda é “um desafio” para o país e afirmou que o Governo teria alcançado a meta de 100% de abastecimento se a população moçambicana não tivesse crescido.
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