Enem: Aos 63 anos, morador de Heliópolis sonha em se formar em História e estuda com ajuda de projeto social

Morador de Heliópolis se prepara para o Enem no domingo (20) — Foto: Reprodução/TV Globo 1 de 2 Morador de Heliópolis se prepara para o Enem no domingo (20) — Foto: Reprodução/TV Globo

Morador de Heliópolis se prepara para o Enem no domingo (20) — Foto: Reprodução/TV Globo

Estudantes se preparam para a prova de ciências da natureza do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste domingo (20) e, entre eles, está Vitor Francisco Matos, de 63 anos.

Autônomo, Matos, que mora em Heliópolis, na Zona Sul da capital paulista, estudou dos 11 anos até os 14 anos no interior do Piauí, e, então, precisou parar para trabalhar. Aos 21 anos, ele se mudou para São Paulo e passou a morar na comunidade, que é considerada a maior favela da cidade.

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Com a ajuda do projeto Cine Favela, que é feito por voluntários dentro da comunidade, ele decidiu que queria retornar aos estudos, se formar em história e se tornar professor.

"Eu passei a gostar muito de história. Quero me formar e, se eu não conseguir prestar concurso e trabalhar em escola, vou dar um jeito de trabalhar em ONG e ensinar. Eu vejo aqui mesmo, na comunidade, algumas crianças ainda sem apoio dos familiares para estudar", completa.

A comunidade de Heliópolis, na Zona Sul da capital paulista. — Foto: Divulgação/PMSP 2 de 2 A comunidade de Heliópolis, na Zona Sul da capital paulista. — Foto: Divulgação/PMSP

A comunidade de Heliópolis, na Zona Sul da capital paulista. — Foto: Divulgação/PMSP

No projeto da comunidade há outros estudantes com mais de 60 anos. "Tem muitos que falam que 'não têm mais cabeça' na nossa idade. Nós todos nascemos com a cabeça, não é verdade?", diz Geldi Leite, que estuda no projeto.

O projeto Cine Favela oferece mais do que conhecimento e repertório aos alunos. Empodera cada um deles.

"A partir do momento que você traz essa ferramenta, que é a mídia digital, e você traz as atualidades para o aluno, ele acaba se empoderando daquilo e em algum momento opta por vários caminhos e pelo caminho do Enem", diz o professor Casé Oliveira.

"Trazemos várias discussões do cotidiano, cidades, que são questões que provavelmente vão cair no Enem. E ele se sentindo apto a trabalhar com celular, mídias, vai aprender a fazer inscrição. Ele se sente mais seguro inclusive na hora da prova", ressalta.

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