Enem 2022 teve questões sobre Covid, doping e uma de matemática sem resposta; veja balanço dos 1º e 2º dias

Candidatos no segundo dia do Enem 2022 em um dos locais de aplicação de prova em Campinas (SP) — Foto: Júlio César Costa/g1 1 de 3 Candidatos no segundo dia do Enem 2022 em um dos locais de aplicação de prova em Campinas (SP) — Foto: Júlio César Costa/g1

Candidatos no segundo dia do Enem 2022 em um dos locais de aplicação de prova em Campinas (SP) — Foto: Júlio César Costa/g1

A aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022 terminou neste domingo (20) com as provas de matemática e ciências da natureza (física, química e biologia), que trouxeram questões sobre Covid-19, torneio de times, doping, Anvisa e criação de empregos.

Uma das perguntas de matemática, porém, não tem resposta correta, segundo cursinhos ouvidos pelo 💥️g1. O gabarito oficial, com as 180 questões, deve ser divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) na quarta-feira (23). No entanto, a nota final, que só sai ano que vem, não é simplesmente a soma dos acertos. É usado um método de correção "antichute" para calcular a nota.

No domingo anterior (13), tinha sido a vez da redação, cujo tema sobre comunidades e povos tradicionais foi elogiado, e das provas de linguagens e ciências humanas, que citaram a skatista Rayssa Leal, o cantor Chico Science e o estado democrático de direito.

Quem perdeu o Enem por um motivo justificado, como estar com Covid-19, poderá pedir a reaplicação até sexta-feira (25). Veja aqui como proceder.

Antes das provas, os candidatos se divertiram com memes nas redes sociais e na porta do exame. A pedido do 💥️g1, estudantes escolheram a imagem com o meme que, na opinião deles, resumisse o clima no segundo dia de provas ().

Em Goiás, as gêmeas Lara e Lana Cunha, de 18 anos, estavam esperançosas com o exame. As jovens querem cursar psicologia e fizeram a prova pela primeira vez neste ano. No Pará, muitos candidatos, prevenidos, chegaram cedo para não perder o horário e levaram mais de uma caneta, além da tradicional garrafinha de água e lanche. E houve até quem levasse toalha e papel higiênico.

No entanto, assim como em outros anos, teve gente que ficou do lado de fora. No Ceará, no primeiro dia de prova, a estudante Sarah Vivian Gomes até chegou ao local antes do fechamento dos portões, mas saiu para fumar e, quando tentou voltar, às 13h, os encontrou fechados.

Considerado a "cara do Enem" por abordar um problema social, o tema da redação "Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil" foi bem recebido por professores de cursinho, que o consideraram relevante e deram dicas de como abordar a questão.

Três indígenas macuxis e wapichanas sorriem em fotografia tirada em 1911 — Foto: Fotografia/Theodor Koch-Grünberg/Acervo/Maurício Zouein 2 de 3 Três indígenas macuxis e wapichanas sorriem em fotografia tirada em 1911 — Foto: Fotografia/Theodor Koch-Grünberg/Acervo/Maurício Zouein

Três indígenas macuxis e wapichanas sorriem em fotografia tirada em 1911 — Foto: Fotografia/Theodor Koch-Grünberg/Acervo/Maurício Zouein

Em tempos de COP 27 e transição de governo, nas redes sociais, pessoas de diferentes perfis apontaram que o momento atual é oportuno para debater o legado negativo do governo de Jair Bolsonaro (PL) no assunto.

A líder indígena Sônia Guajajara, uma das cotadas para ser ministra dos Povos Originários na futura gestão Lula, resumiu em um tuíte a forma como o tema foi recebido entre os indígenas.

Sonia Guajajara em foto de 15 de outubro de 2022 — Foto: Reuters/Adriano Machado 3 de 3 Sonia Guajajara em foto de 15 de outubro de 2022 — Foto: Reuters/Adriano Machado

Sonia Guajajara em foto de 15 de outubro de 2022 — Foto: Reuters/Adriano Machado

Dos quatro itens que constavam como referência para os candidatos na redação, dois foram extraídos do 💥️g1. O primeiro era um trecho da reportagem "Gente do campo: descubra quais são os 28 povos e comunidades tradicionais do Brasil" e o segundo era uma adaptação de infográfico de outra reportagem sobre o mesmo assunto, cujo título era: "650 mil famílias se declaram 'povos tradicionais' no Brasil; conheça os kalungas, do maior quilombo do país".

Quanto às provas, os docentes avaliaram que trouxeram temas relevantes e atuais, foram fundamentados em muita "leitura e contextualização" e acabou honrando a tradição do exame.

Confira aqui o que os professores que participaram da prova disseram sobre suas disciplinas.

O segundo dia de provas, com matemática e ciências da natureza (biologia, física e química), foi considerado "trabalhoso" e "conteudista", com formato mais similar às provas da Fuvest e da Unicamp, segundo cursinhos. Eles observaram que o exame trouxe muita contextualização do dia a dia, mas sem questões polêmicas.

“É uma prova que vai ser um pouco mais trabalhosa para os alunos porque não tem a conta pela conta, não tem o conteúdo pelo conteúdo”, avalio Sérgio Paganim, diretor do Curso Anglo.

Veja aqui o que outros professores que participaram da prova disseram sobre suas disciplinas.

Uma das questões da prova de matemática, no entanto,💥️ não apresentou uma resposta correta entre as alternativas por 💥um erro de digitação, segundo cursinhos ouvidos pelo 💥️g1. O item aparece como 💥️141 na prova rosa, 💥️175 na prova amarela e 💥️157 nas provas cinza e azul.

A questão pedia para que o estudante apontasse qual "expressão algébrica" representava a composição do salário de um vendedor. No enunciado, o item da prova explicava que o funcionário tem um salário formado por uma parcela fixa e também um percentual sobre as vendas.

Procurado, o Inep, responsável pelo exame, não havia dado retorno até a última atualização desta reportagem.

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