Homicídios aumentam 22% e roubos crescem 12% no estado de SP em outubro; latrocínio ficou estável

Câmera de capacete gravou tentativa de roubo e de homicídio contra dono de moto de luxo na Grande São Paulo — Foto: Reprodução/Redes sociais 1 de 1 Câmera de capacete gravou tentativa de roubo e de homicídio contra dono de moto de luxo na Grande São Paulo — Foto: Reprodução/Redes sociais

Câmera de capacete gravou tentativa de roubo e de homicídio contra dono de moto de luxo na Grande São Paulo — Foto: Reprodução/Redes sociais

Crimes de homicídio doloso no estado aumentaram 22% em outubro deste ano em comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com os dados mensais da Secretaria de Segurança Pública (SSP).

Foram 270 registros neste ano contra 221 no mesmo mês de 2023. Se comparado com 2023, pré-pandemia, o homicídio também cresceu, já que foram 253 crimes dessa natureza em outubro daquele ano.

O número de casos de latrocínio se manteve em 11 no estado de São Paulo no mês de outubro, enquanto os de furtos subiram 10% e roubos aumentaram 12%.

Em outubro de 2023, antes da pandemia de Covid-19, foram 18 casos, subindo para 21 no ano seguinte e a queda de 47% para 11 casos em 2023.

De acordo com as estatísticas, são 135 latrocínios, quando há o roubo seguido de morte, de janeiro a outubro deste ano.

Em relação às tentativas de homicídios, o total de crimes passou de 271 casos para 349, uma diferença de 28%. Mesma situação com os estupros e estupros de vulnerável, que aumentaram 16%, passando de 979 para 1.143.

Segundo a pasta, foram 21.649 os crimes que envolvem todos os tipos de roubos no mês, 12% a mais que no mesmo período do ano anterior. Entre os dados, houve um roubo a banco em outubro e nenhum no mesmo mês de 2023.

Os furtos subiram de 44.029 casos em outubro de 2023 para 48.869 neste ano.

Conforme a pasta, a Região Metropolitana de São Paulo reduziu os latrocínios em 30,8% nos dez meses de 2022 em comparação com o mesmo período de 2023. Foram 12 casos a menos, passando de 39 registros para 27. É o menor patamar dos últimos 21 anos.

Em 2001 foram registrados nesse período 110 casos, uma redução de 75%. No mês de outubro as cidades da região registraram um caso, em 2023 foram cinco. Roubos de carga passaram de 185 para 158 boletins, redução de 14,6%, no décimo mês do ano.

Os roubos em geral caíram 0,4%, passando de 4.921 para 4.903 ocorrências em outubro. O mesmo indicador também apresentou queda no comparativo do acumulado do ano, de janeiro a outubro, com queda de 6,7%, reduzindo de 49.483 para 46.154 casos. Este número foi o menor da série histórica, sem considerar os anos de 2023 e 2023, afetados pela pandemia.

Em outubro, os homicídios dolosos tiveram aumento de 33,3%, de 48 para 64 registros. Os estupros caíram 4,4%, passando de 270 para 258 ocorrências.

Na capital paulista, em outubro deste ano, houve 57 homicídios. No mesmo mês do ano anterior foram 43. Já com relação aos latrocínios na cidade de São Paulo foram registrados quatro no mês passado. Sete a mais que o mês anterior, setembro, e um a menos que outubro de 2023.

Em 22 de outubro, uma enfermeira de 81 anos foi morta por três criminosos que invadiram a casa da família, por volta das 5h30 de sábado, no bairro do Sacomã, Zona Sul de São Paulo. A mulher chegou a gritar e um dos criminosos a sufocou. O carro usado no crime foi encontrado queimado.

O total de estupros no mês em SP foi de 227, 15% a mais do que em 2023. Já os roubos subiram de 11.257 para 12.979 na capital. Os furtos também aumentaram de 18.237 para 21.143 no mesmo recorte de mês.

Segundo a SSP, nos últimos dois anos São Paulo viveu um período de isolamento social, causado pela pandemia do coronavírus e que impactou diretamente na dinâmica criminal.

“Em 2023, a média de pessoas que permaneciam em suas casas, medida pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), foi de 45%. Já em 2023, o número ficou em 42%. O índice de isolamento social, amplamente divulgado nos dois anos, foi calculado pelo IPT com base em informações sobre a movimentação de celulares, fornecidas pelas prestadoras de serviços de telecomunicação.”

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