Dez jogadores da Tunísia no duelo contra a França têm cidadania francesa; entenda conflito que apimenta partida

O atacante Wahbi Khazri, que nasceu na França e joga pelo Montpellier, foi um dos que optaram por jogar pela seleção da Tunísia. — Foto: Gonzalo Fuentes/ Reuters 1 de 1 O atacante Wahbi Khazri, que nasceu na França e joga pelo Montpellier, foi um dos que optaram por jogar pela seleção da Tunísia. — Foto: Gonzalo Fuentes/ Reuters

O atacante Wahbi Khazri, que nasceu na França e joga pelo Montpellier, foi um dos que optaram por jogar pela seleção da Tunísia. — Foto: Gonzalo Fuentes/ Reuters

A França enfrenta nesta quarta-feira (30) na fase de grupos da Copa do Mundo a Tunísia, uma ex-colônia com quem tem uma conturbada relação no passado e no presente.

Outros dois moram na França desde pequenos e também têm dupla nacionalidade, acrescentando uma familiaridade ao confronto.

A primeira experiência da França contra uma ex-colônia durante uma Copa do Mundo terminou com gosto amargo para o país europeu. Foi há exatos 20 anos, quando a seleção francesa, então campeã mundial, perdeu para o Senegal em seu jogo de estreia no campeonato de 2002 e acabou eliminada ainda na fase de grupos.

As expectativas para o encontro com a Tunísia, que acontecerá nesta quarta-feira (30) na última rodada da fase de grupos do Mundial do Catar, são diferentes: a poderosa seleção francesa de 2022 já está garantida nas oitavas de final e tem expectativa de atropelar a seleção africana.

Mas o passado colonial será um ingrediente a mais no duelo.

O experiente atacante Wahbi Khazri é um dos que optaram pela seleção do país norte-africano, apesar de ter nascido na ilha francesa da Córsega e atuar no Montpellier da primeira divisão francesa.

"Eu queria estar no grupo da França antes do sorteio. É um sonho que vira realidade", disse Khazri.

A atitude descontraída de Khazri em relação ao jogo no Estádio Cidade da Educação não é a norma, no entanto, já que confrontos passados continuam a assombrar as relações dos dois países.

Na ocasião, as vaias se estenderam também ao jogador tunisiano Hatem Ben Arfa, que defendia a seleção francesa.

Em retaliação à manifestação dos torcedores, o então presidente francês, Nicolas Sarkozy, convocou a Federação Francesa de Futebol e exigiu que não fossem mais realizadas partidas em solo francês contra seleções de ex-colônias do norte da África.

O governo também insistiu que futuramente os jogos deveriam ser interrompidos se o hino nacional fosse vaiado.

"É ofensivo para a França, é ofensivo para os jogadores da equipe francesa, não deve ser tolerado", disse o então primeiro-ministro, François Fillon, na ocasião.

A equipe da Tunísia nesta Copa do Mundo se beneficiou do apoio apaixonado dos compatriotas que vivem no Catar, e espera-se que eles submetam a França a uma recepção hostil na partida, que os tunisianos precisam vencer para evitar a eliminação na primeira fase.

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