Haddad cita 'muitos convites' e diz que Lula deve se reunir com Biden nos EUA antes de tomar posse
O ex-ministro Fernando Haddad (PT) afirmou nesta quarta-feira (30) que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deve viajar aos Estados Unidos para se reunir com o presidente norte-americano, Joe Biden, ainda este ano.
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Segundo Haddad – que tem participado das reuniões da transição de governo e é cotado para o Ministério da Fazenda –, Lula tem recebido "muitos convites de grandes potências". Até o fim do ano, no entanto, deve viajar para os Estados Unidos e para a Argentina.
"Muitos convites de grandes potências para encontrá-lo ou, se não for possível, conversar com ele virtualmente. Acho que o presidente vai concluir o ano tendo conversado com as grandes potências do mundo", afirmou Haddad.
No próximo dia 5, o conselheiro de Segurança dos EUA, Jake Sullivan, deve se encontrar com Lula durante a visita oficial que fará ao Brasil. A informação foi confirmada por fontes da Casa Branca à reporter Raquel Krähenbühl, da 💥️GloboNews. O blog da Ana Flor antecipou que Sullivan trará convite para Lula se encontrar com Biden.
Haddad citou, ainda, um convite para que Lula fosse à China ainda este ano. "Mas eu penso que não haverá tempo para duas viagens internacionais desse porte. Talvez, Estados Unidos e Argentina sejam viagens possíveis."
A viagem de Lula à Argentina já tinha sido citada pelo ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim em uma entrevista à GloboNews. O presidente da Argentina, Alberto Fernández, é um dos líderes da esquerda sul-americana e visitou Lula em São Paulo no dia seguinte ao segundo turno.
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Desde o resultado do segundo turno, as equipes de Lula e Joe Biden vêm dando sinais sobre o desejo de uma aproximação entre os dois políticos.
O presidente norte-americano conversou com Lula, por telefone, no dia seguinte ao segundo turno das eleições. De acordo com uma nota do governo dos EUA, durante a conversa, Biden elogiou a força das instituições democráticas brasileiras após eleições livres, justas e confiáveis.
Menos de duas semanas depois, o conselheiro de Segurança da Casa Branca, Jake Sullivan, afirmou que Biden procurava uma oportunidade próxima para se encontrar com Lula.
Sullivan também falou que os possíveis temas das conversas seriam a ajuda para proteger a Amazônia e a relação do Brasil com a guerra da Ucrânia.
Após ter sido eleito, Lula foi convidado para participar da COP27, no Egito. Foi a primeira viagem após o resultado do segundo turno das eleições. O presidente Bolsonaro não participou do encontro – o governo do Brasil foi representado pelo ministro das Relações Exteriores, Carlos França.
Durante pronunciamento no Egito, Lula defendeu uma aliança global para combater a fome em todo o mundo. Ele também cobrou dos países ricos o cumprimento da promessa de recursos para enfrentamento dos efeitos das mudanças climáticas nos países mais pobres.
No discurso, Lula também cobrou países ricos pelo cumprimento dos acordos climáticos, pediu a inclusão de mais países no Conselho de Segurança da ONU e o fim do privilégio do veto de alguns países, além de oferecer o Brasil como sede da COP30, em 2025, em algum estado amazônico, entre outros temas.
Lula cumpriu agendas também em Portugal após deixar o país africano. Em Lisboa, o presidente eleito se reuniu com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, e com António Costa, o primeiro-ministro português.
O encontro com Rebelo ocorreu no Palácio de Belém, residência oficial do presidente português. Também estava presente o presidente de Moçambique, Filipe Nyusi. O presidente eleito estava acompanhado do aliado e ex-ministro Fernando Haddad.
"Em Lisboa, no encontro com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, tive a grata surpresa de encontrar também o presidente de Moçambique, Filipe Nyusi. Aproveitamos para fazer uma reunião sobre a relação entre nossos 3 países", escreveu Lula no Twitter.
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