Mulher diz que PM atirou em tatuador sem dar chance de defesa à vítima

Douglas Braga não é mais visto desde a última semana — Foto: Reprodução 1 de 4 Douglas Braga não é mais visto desde a última semana — Foto: Reprodução

Douglas Braga não é mais visto desde a última semana — Foto: Reprodução

O policial militar Giovanni de Oliveira Camarte, preso na manhã desta sexta-feira (2), atirou e matou o tatuador Douglas Braga sem dar à vítima qualquer chance de defesa. A informação é da esposa de Giovanni, pivô do crime, em depoimento na Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA).

Braga, de 32 anos, estava desaparecido desde o dia 9 de novembro, quando saiu de casa, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. Ele foi encontrado morto em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, na sexta.

Giovanni foi preso na manhã de sexta-feira (3), confessou o crime e disse que agiu em legítima defesa.

A mulher dele disse à polícia que, na madrugada de 10 de novembro, dia do crime, o policial atraiu o tatuador para a residência dele, também em Nova Iguaçu. Ela disse que estava em processo de separação de Giovanni --e estaria tendo um caso com o tatuador havia pelo menos oito meses.

Antes mesmo que Douglas Braga chegasse ao local, a esposa teria sido algemada por Giovanni, amarrada nos pés com fita crepe e trancada em um quarto.

PM é preso suspeito de matar tatuador que estava desaparecido desde 9 de novembro — Foto: Reprodução 2 de 4 PM é preso suspeito de matar tatuador que estava desaparecido desde 9 de novembro — Foto: Reprodução

PM é preso suspeito de matar tatuador que estava desaparecido desde 9 de novembro — Foto: Reprodução

No entanto, a companheira do PM teria conseguido soltar os pés e, mesmo algemada, ido para o lado de fora da residência, onde Giovanni conversava com Douglas na janela do carro.

Após ser obrigada a entrar no banco traseiro do veículo, onde estavam algumas de suas malas, a mulher teria pedido ao marido que a soltasse. Quando Douglas foi acender a luz interna do veículo, Giovanni teria então disparado, da janela do motorista, ao menos três vezes.

Dali, o corpo teria sido colocado na mala do carro do casal, um Siena, e levado ao ponto onde foi encontrado pelos investigadores da DDPA, um matagal na Estrada Mugando, no bairro Ipiranga, em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense.

Policiais da DDPA encontraram corpo em área de mata em Nova Iguaçu — Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal 3 de 4 Policiais da DDPA encontraram corpo em área de mata em Nova Iguaçu — Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Policiais da DDPA encontraram corpo em área de mata em Nova Iguaçu — Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Posteriormente, o PM retornou para casa, pegou o carro da vítima e dirigiu novamente à região, poucos metros de onde o corpo foi deixado, e incendiou o veículo.

Diante de vários depoimentos que detalhavam a autoria do crime, os investigadores intimaram Giovanni, que compareceu à delegacia especializada na tarde de sexta-feira acompanhado de seus advogados.

Ele confessou o crime, alegou legítima defesa e levou os investigadores ao local onde teria deixado o corpo do tatuador, que foi encontrado pelos agentes da Delegacia de Descoberta de Paradeiros quase um mês após seu desaparecimento.

Ao incendiar o veículo da vítima, Giovanni acabou tendo queimaduras de segundo grau nos braços e pernas e teria precisado rolar no chão para apagar o fogo.

Em busca de atendimento médico, ele foi levado ao Hospital Central da Polícia Militar (HCPM, no Estácio, na Zona Norte do Rio, com a desculpa de que teria tentando suicídio e acabou ficando internado na unidade por pelo menos seis dias.

Os investigadores da DDPA tentam descobrir agora se a versão apresentada pela mulher de Giovanni é fidedigna. Um amigo do PM, que o socorreu ao hospital e ouviu do próprio acusado a confissão do crime, relatou uma dinâmica diferente.

Carro foi encontrado incendiado em Marapicu — Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal 4 de 4 Carro foi encontrado incendiado em Marapicu — Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Carro foi encontrado incendiado em Marapicu — Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Segundo ele, o tatuador foi rendido na porta da casa do policial e levado em seu próprio carro, já no banco do carona, com a mulher algemada no banco de trás. No percurso, após uma briga, Giovanni teria então disparado quatro vezes.

Só que ele esclareceu alguns pontos, como a certeza da presença da mulher no local onde carro e corpo foram desovados.

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