Polícia faz operação contra quadrilha suspeita de aplicar o golpe do falso empréstimo em idosos
A Polícia Civil realizou, na manhã desta terça-feira (6), uma operação para prender uma quadrilha que aplicava golpes do falso empréstimo em idosos. No total, 11 pessoas foram presas, sendo dez pelos mandados de prisão e uma em flagrante por tráfico de drogas.
Mais de 100 agentes estiveram nas ruas do Rio e da Região Metropolitana para cumprir 16 mandados de prisão e 28 mandados de busca e apreensão. Após a operação, seis pessoas estão foragidas.
"Pessoas da terceira idade, muitas vezes com pouca ou nenhuma instrução, eram contatadas por telefone por agenciadores dessa organização criminosa, sob a alegação de que teriam valores residuais a receber do INSS, em razão de empréstimos contraídos com juros abusivos. Após comparecerem no escritório da empresa, num luxuoso centro empresarial de São Gonçalo, os idosos eram ludibriados. Os idosos descobriam a fraude somente nos meses posteriores na medida em que os descontos começavam a incidir sobre seus contracheques", disse o delegado Fábio Asty, da 38ª DP (Brás de Pina).
Segundo a polícia, os criminosos preferem os idosos, porque os empréstimos são descontados diretamente na folha de pagamento do benefício.
A operação é resultado de uma investigação que já dura seis meses, desde que idosos começaram a procurar a 74ª DP (Alcântara) para relatar que estavam sendo vítimas desse tipo de crime.
O golpe era praticado pela empresa Taurus, que fica em Alcântara. Mas os mandados são para endereços não só em Alcântara, mas também nos complexos do Alemão, na Favela Nova Brasília, na Zona Norte do Rio, e do Salgueiro e em Neves, em São Gonçalo, e também em Niterói, na Região Metropolitana.
Os golpistas ligavam para os idosos informando que eles tinham um valor a receber do INSS. Eles informavam que se tratava de uma espécie de indenização, por várias razões. Entre elas, a contratação de empréstimos abusivos anteriormente.
As vítimas eram convencidas a ir até a sede da empresa Taurus, em Alcântara. Na empresa, os idosos eram informados que tinham de repassar todos os dados pessoas e bancários para eles, como CPF, endereço, estado civil. Dados esses necessários para a abertura de uma conta num banco digital.
Os golpistas então contratavam empréstimos em nome das vítimas e direcionavam os valores para as contas digitais que eles próprios controlavam.
Os idosos só percebiam que tinham caído num golpe, meses depois, quando recebiam o contracheque com os valores debitados de empréstimos contratados pelos estelionatários em seus nomes.
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