'Se o estado subir a tarifa, prefeitura irá fazer o reajuste', diz Nunes sobre aumento no transporte; definição

Ônibus municipais e intermunicipais nas faixas preferenciais da Avenida Francisco Morato, em SP — Foto: Walmor Carvalho/Fotoarena/Estadão Conteúdo 1 de 1 Ônibus municipais e intermunicipais nas faixas preferenciais da Avenida Francisco Morato, em SP — Foto: Walmor Carvalho/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Ônibus municipais e intermunicipais nas faixas preferenciais da Avenida Francisco Morato, em SP — Foto: Walmor Carvalho/Fotoarena/Estadão Conteúdo

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou nesta quinta-feira (8) que irá definir na próxima semana com o governador eleito, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se o preço da tarifa dos ônibus será reajustado. A administração municipal vai acompanhar a decisão da futura gestão estadual.

“Combinei com o Tarcísio ontem que a gente vai sentar, a minha equipe e a dele, na semana que vem, para a gente bater o martelo sobre a questão do aumento ou não da tarifa de ônibus para 2023. Semana que vem resolve. Se o estado subir a tarifa, a prefeitura irá fazer o reajuste", afirmou Nunes durante inauguração de um Centro de Acolhida no Centro da capital.

O preço da tarifa na cidade está congelado em R$ 4,40 desde janeiro de 2023 e tem pressionado os custos de operação do sistema de transportes na cidade, obrigando a gestão municipal a aplicar mais verba de subsídio para manter os ônibus funcionando.

Segundo a SPTrans, em 2023 o total aplicado pela gestão Nunes nas empresas de ônibus será de R$ 7,4 bilhões.

Segundo revelado pelo g1, a prefeitura quer que a gestão de Tarcísio banque a gratuidade parcial do transporte de estudantes da rede estadual de ensino, que utilizam os ônibus das linhas municipais, para manter a tarifa nos atuais R$ 4,40.

A proposta consta de documentos da prefeitura obtidos com exclusividade pela GloboNews e foi confirmada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Com base nos cálculos, estado teria de pagar R$ 1,08 bilhão à prefeitura.

Segundo a SPTrans, em 2022 o valor do subsídio que a gestão municipal já destinou às empresas de ônibus da capital paulista chegou a R$ 4,6 bilhões em novembro.

No ano passado, esse valor foi de R$ 3,3 bilhões. Para 2023, entretanto, a previsão é que sejam aplicados cerca de R$ 7,4 bilhões no sistema, segundo disse na Câmara Municipal na semana passada o diretor de Administração de Infraestrutura da SPTrans 💥.

Na ocasião, Anderson Clayton Maia afirmou que o custo total de operação do sistema de ônibus da cidade ano que vem será de cerca de R$ 12 bilhões, mas cerca de R$ 5 bilhões são oriundos das receitas do pagamento de tarifas por parte da população paulistana.

Durante a coletiva, o prefeito comentou sobre estudo que ele solicitou à SPTrans para uma possível implantação de um sistema de passe livre na cidade.

Ele afirmou que ainda não recebeu o resultado do estudo e defendeu que a medida é "bastante complexa".

"É possível que na gratuidade, se for efetivada, a gente vai ter pelo menos uma vez e meia o aumento de usuários do sistema de transporte coletivo. Em se confirmado isso, é preciso fazer um reordenamento da capacidade dos terminais, da questão dos corredores, da quantidade de ônibus."

Segundo Nunes, o passe livre envolve não apenas questões financeiras. Ele disse que dados preliminares o fizeram descobrir a importância da logística no sistema de transporte.

"Não sabia que era tão importante a questão da logística no sistema de transporte de SP".

E afirmou descartou conseguir implementar a medida no próximo ano. "Para o ano que vem, 2023, muito possivelmente a gente não vai conseguir ter ainda."

O custo total do sistema em 2023, segundo a SPTrans, será de R$ 12 bilhões é superior aos R$ 10 bilhões calculados pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) ao anunciar que pediu um estudo para verificar a viabilidade de implantação de um sistema de passe livre na capital, em que os usuários não pagariam pela tarifa do ônibus na cidade.

O passe livre, segundo Nunes, seria uma forma de estimular os paulistanos a usarem o transporte público no lugar do carro. A proposta, caso se viabilize financeiramente, não será possível ser implementada já para o ano de 2023.

Segundo Nunes, será preciso esclarecer se será possível usar o crédito que as empresas pagam para o trabalhador no bilhete único, na composição do caixa do "passe livre". Na prefeitura, alguns procuradores acreditam que seja possível. O prefeito descarta usar recurso municipais na tarifa zero.

Ele entende que é necessário um financiamento para pagar o valor anualmente. Atualmente, São Paulo tem nos cofres públicos R$ 32 bilhões.

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