Primeiro palhaço negro do Brasil é homenageado com grafite exposto em museu de São Paulo

Benjamim de Oliveira foi retrato em grafite por Renato Cássio — Foto: Renato Cássio da Silva/Arquivo pessoal 1 de 2 Benjamim de Oliveira foi retrato em grafite por Renato Cássio — Foto: Renato Cássio da Silva/Arquivo pessoal

Benjamim de Oliveira foi retrato em grafite por Renato Cássio — Foto: Renato Cássio da Silva/Arquivo pessoal

Até janeiro de 2023 estará em exposição no Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo (SP), um grafite homenagem a Benjamim de Oliveira, conhecido por ser o primeiro palhaço negro do Brasil. O artista, natural de Pará de Minas, morreu em 1954, mas deixou um legado reconhecido até hoje.

Compartilhe no WhatsAppCompartilhe no Telegram

Benjamim foi retratado em grafite no quadro feito pelo paulistano Renato Cássio da Silva, de 37 anos.

O quadro foi escolhido entre várias obras de artistas do país todo para compor a exposição “Grandes Personalidades Negras”. Ao todo, são 81 trabalhos a mostra na exposição que começou em novembro.

Renato afirma que foi Benjamim que o escolheu para que ele levasse um pouco da história do "pretinho de Minas Gerais" para as novas gerações.

A intenção, também, segundo o artista, foi reavivar, através de traços livres, o primeiro contato do palhaço com o circo, ainda em Pará de Minas.

Segundo Renato, um trabalho como esse representa o sentimento de praticamente todo brasileiro com a magia do circo e também é de grande importância, pois, ajuda a valorizar a obra de Benjamim e fazer com que mais pessoas conheçam a trajetória e o legado dele.

Benjamim de Oliveira, primeiro palhaço negro do Brasil — Foto: Reprodução/TV Integração 2 de 2 Benjamim de Oliveira, primeiro palhaço negro do Brasil — Foto: Reprodução/TV Integração

Benjamim de Oliveira, primeiro palhaço negro do Brasil — Foto: Reprodução/TV Integração

Benjamim nasceu em 11 de junho de 1870 em Pará de Minas e morreu em 3 de maio de 1954, Rio de Janeiro. O artista é um dos responsáveis pela difusão do circo-teatro no Brasil, mesclando o ambiente e técnicas circenses com adaptações de clássicos da dramaturgia.

Filho de escravos, Benjamin teve uma infância sofrida, ele apanhava muito do pai. O menino morava na zona rural de Pará de Minas e ia para a região central vender quitandas, para ajudar a família.

Aos 12 anos ele estava na Praça Francisco Torquato, quando viu um circo e resolveu fugir. Com a trupe do circo Sotero, Benjamim viajou pelo sertão mineiro e fez de tudo um pouco.

No Museu Histórico da cidade há muito pouco sobre a vida do palhaço: por ser uma história mais antiga e também porque Benjamim ficou conhecido primeiro no Rio de Janeiro e em São Paulo

. O que se sabe da época é que ele virou palhaço por acaso, depois que um profissional não conseguiu se apresentar no circo. O artista negro pintava o rosto de branco, dizem que era para fugir do preconceito.

Além de palhaço, ele também era compositor, cantor e ator. O artista já foi tema outras homenagens em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte e Pará de Minas. Em 2023, a Acadêmicos do Salgueiro transformou a história de Benjamim no principal samba enredo da escola.

💥️LEIA TAMBÉM:

📲 Confira as 💥️últimas notícias do g1 Centro-Oeste de Minas
📲 Acompanhe o 💥️g1 no Instagram e no Facebook

O que você está lendo é [Primeiro palhaço negro do Brasil é homenageado com grafite exposto em museu de São Paulo].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.

Wonderful comments

    Login You can publish only after logging in...