Ataques russos podem deixar Odessa sem energia por 3 meses
A cidade de Odessa, na Ucrânia, está às 💥️escuras após um ataque com drones controlados pela Rússia, informou na noite deste sábado (10/12) o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Segundo a administração regional, pode levar de 💥️dois a três meses para que a energia seja restabelecida - período que coincide com o ápice do 💥️inverno europeu. Os moradores foram aconselhados a deixar a cidade, se possível.
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Mais de 💥️1,5 milhão de pessoas na região estão atualmente sem eletricidade. De acordo com o consórcio energético DTEK, todos os usuários do serviço de energia elétrica da cidade de Odessa, com exceção das infraestruturas críticas, como maternidades e hospitais, foram desconectados da rede "devido a magnitude da destruição da infraestrutura energética".
O vice-chefe do gabinete presidencial ucraniano, Kyrylo Tymoshenko, afirmou que a situação é "difícil, mas está sob controle".
De acordo com o governador regional, Maksym Marchenko, quase todos os distritos e comunas da região de Odessa foram atingidos por quedas de energia como resultado dos 💥️bombardeios. Dois dos drones foram abatidos pelas defesas aéreas ucranianas, informou.
1 de 3 Prédios ficaram sem eletricidade depois que a infraestrutura elétrica foi atingida por ataques de drones russos em Odesa, na Ucrânia, em 10 de dezembro de 2022 — Foto: REUTERS/Serhii SmolientsevPrédios ficaram sem eletricidade depois que a infraestrutura elétrica foi atingida por ataques de drones russos em Odesa, na Ucrânia, em 10 de dezembro de 2022 — Foto: REUTERS/Serhii Smolientsev
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Novos ataques aéreos na rede de energia ucraniana também foram registrados nas regiões de 💥️Kherson, 💥️Donetsk e 💥️Kharkiv, particularmente afetadas por quedas de energia.
Após semanas de ataques russos à infraestruturas críticas na Ucrânia, o primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal, disse que os cidadãos devem esperar cortes de energia durante o inverno. "Todas as usinas termelétricas e hidrelétricas do país foram danificadas", informou. Além disso, cerca de 40% dos sistemas de rede de alta tensão sofreu variados graus de danos.
Schmyhal explicou que a prioridade de restabelecimento é dada às infraestruturas críticas, como 💥️hospitais e 💥️abastecimento de água e 💥️aquecimento, seguidas pelo complexo militar-industrial. Em terceiro lugar vem o abastecimento crítico de locais como padarias e laticínios. Fornecer eletricidade à população civil está apenas em quarto lugar, motivo pelo qual os moradores de Odessa poderão ficar meses no escuro.
Após uma série de derrotas e com proximidade do inverno europeu, a Rússia começou a atacar a infraestrutura energética da Ucrânia. Na segunda-feira passada (5), as forças armadas russas lançaram outra onda de ataques com mísseis. As regiões do sul do país são as mais atingidas, segundo o governo de Kiev.
Internacionalmente, os ataques russos ao abastecimento de energia civil da Ucrânia, que deixaram milhões de pessoas sem eletricidade e aquecimento em temperaturas congelantes, receberam as críticas mais contundentes. Apesar disso, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou na quinta-feira (8) que os ataques continuariam.
2 de 3 O presidente russo, Vladimir Putin, preside uma reunião com membros do Conselho de Segurança, por meio de vídeochamada, nos arredores de Moscou, na Rússia, em 2 de dezembro de 2022 — Foto: Sputnik/Mikhail Metzel via ReutersO presidente russo, Vladimir Putin, preside uma reunião com membros do Conselho de Segurança, por meio de vídeochamada, nos arredores de Moscou, na Rússia, em 2 de dezembro de 2022 — Foto: Sputnik/Mikhail Metzel via Reuters
Tanto a Ucrânia quanto a Rússia relatam combates ferozes na região de 💥️Donbass, no leste do país. "Donbass é a principal frente na luta pela independência da Ucrânia", disse o porta-voz do Grupo de Exércitos Leste das Forças Armadas Ucranianas, Serhiy Cherevatyy. As tropas russas avançaram em torno das cidades de Bakhmut e Avdiivka, enquanto as tropas ucranianas bombardearam várias cidades controladas pelos russos.
Além disso, o exército russo dá sinais de estar adotando uma nova tática: em vez de uma ofensiva em larga escala, unidades menores, como a unidade mercenária "Wagner", agora estão sendo usadas. Moscou depende principalmente de artilharia de cano e foguetes. As forças armadas ucranianas repeliram ataques nas regiões de 💥️Donetsk e 💥️Luhansk.
Em 💥️Bakhmut, na região de Donetsk, mais de 20 conjuntos habitacionais foram incendiados, segundo fontes ucranianas. Os invasores reuniram tropas e equipamentos de guerra ao redor de Bakhmut e estão tentando cercar a cidade.
A captura de Bakhmut cortaria as linhas de abastecimento ucranianas e permitiria que os russos avançassem em direção a Kramatorsk e Sloviansk.
A Rússia já havia relatado ter ganho terreno no Donbass. "Na área de Donetsk, as unidades russas continuaram seus ataques e expulsaram o inimigo de suas posições fortificadas", disse o porta-voz do exército Igor Konashenkov. Segundo a Rússia, posições também foram conquistadas no norte, entre as pequenas cidades de Kreminna e Lyman. A DW não pode confirmar a informação de forma independente.
Na noite de sábado (11), ataques com foguetes também foram relatados na cidade ocupada pela Rússia de 💥️Melitopol, no sul da Ucrânia. Segundo fontes pró-Rússia, duas pessoas morreram e outras dez ficaram feridas. O prefeito exilado de Melitopol relatou que uma igreja abandonada usada pelos russos como ponto de encontro foi atingida e falou em várias mortes. O exército ucraniano não comentou imediatamente o incidente.
A primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, instou a Alemanha e outros aliados a continuar fornecendo armas para a Ucrânia. "Se todos os aliados tivessem enviado armas em janeiro ou fevereiro, muitas vidas teriam sido salvas", destacou.
3 de 3 A primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, participa de uma coletiva de imprensa em 24 de novembro de 2022 — Foto: Emmi Korhonen/Lehtikuva via ReutersA primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, participa de uma coletiva de imprensa em 24 de novembro de 2022 — Foto: Emmi Korhonen/Lehtikuva via Reuters
Ao contrário da Alemanha, a Estônia, um dos menores países da União Europeia (UE), entregou armas à Ucrânia antes mesmo do início da guerra. De acordo com estatísticas do Instituto Kiel para a Economia Mundial, o país báltico que faz fronteira com a Rússia apoiou a Ucrânia mais do que qualquer outro do mundo em termos de produto interno bruto (PIB). Quando se trata de entrega de armas, está estatisticamente à frente de países europeus muito maiores e financeiramente mais fortes, como Itália ou Espanha, mesmo em números absolutos.
Segundo o embaixador ucraniano em Berlim, Oleksii Makeiev, a Alemanha assumiu compromissos para novas entregas de armas. "Em uma conversa direta, nos garantiram 💥️mais armas e mais munições. Vamos anunciar quais no devido tempo", disse Makeiev ao jornal alemão Welt am Sonntag.
"Além disso, ainda estamos conversando sobre a entrega de tanques Marder e Leopard. Mas a decisão sobre isso é do governo federal", disse o embaixador.
Até agora, o chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, recusou-se a fornecer tanques Leopard 2, alegando que nenhum outro país da Otan disponibilizou tais equipamentos. Os EUA sinalizaram recentemente que não veem nenhum obstáculo nisso.
Makeiev também disse ao jornal que o governo alemão lhe garantiu que as negociações com a Rússia não ocorreriam sem o consentimento de Kiev. Segundo ele, no momento, a Ucrânia não precisa de mediadores, mas de aliados.
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