Futuro ministro da Fazenda, Haddad diz que anunciará 'dois ou três' nomes da equipe nesta terça
Indicado pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como futuro ministro da Fazenda, o ex-ministro Fernando Haddad (PT) afirmou nesta segunda-feira (12) que deve começar a anunciar os primeiros nomes de sua equipe nesta terça (13).
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Haddad afirmou a jornalistas que pretende conversar com mais pessoas ao longo dessa semana para formar uma equipe "plural, com pluralidade de vozes".
Questionado, disse também que está "atrás" de mulheres para compor a equipe – mas não garantiu que algum desses nomes seja anunciado já nesta terça, na "primeira leva" de secretários.
"Quero compor uma equipe plural, não quero uma escola de pensamento comandando a Economia. Eu quero que a gente tenha uma pluralidade de vozes no ministério. Vou ver também quem o presidente designa para o Planejamento, porque aí acho que podemos fazer uma coisa mais legal ainda, compor uma equipe com traço mais plural", disse.
Na última sexta, Lula anunciou os cinco primeiros ministros de seu futuro governo. São eles:
O Ministério da Fazenda a ser comandado por Haddad responderá por apenas parte das atribuições que, hoje, estão concentradas no 'superministério' da Economia chefiado por Paulo Guedes.
A pasta deve ser desmembrada em outros ministérios, como o do Planejamento e o do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) – que já existiram em outros governos do PT.
Nesta segunda, Haddad disse que "sugeriu" nomes a Lula para o Planejamento, mas caberá ao presidente eleito fazer a escolha e o anúncio oficial do nome.
"Fiz ponderações, a decisão é dele. Mas como ele falou 'quero um ministro afinado com você', eu fiz algumas ponderações, quero que as equipes estejam muito integradas. Vai ser muito importante a integração nesse momento para deslanchar as providências que precisamos tomar para sanar o que estamos herdando", disse.
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Haddad também confirmou que se reunirá nesta terça com a equipe do atual ministro Paulo Guedes e, em seguida, terá um almoço com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, como antecipou o blog da jornalista Ana Flor no g1.
"Vamos começar a transição prática. Ver a agenda de cada secretaria, para dar continuidade ao que tiver aderência para o país", disse.
"É inédito um ministro da Fazenda assumir já tendo um presidente do Banco Central com dois anos de mandato. Temos que tratar com zelo para construir essa relação, vamos fazer isso", completou.
Até o início do governo Jair Bolsonaro, o Banco Central era uma autarquia vinculada ao governo federal com status de ministério. Isso significa que o presidente da República (e os ministros da área econômica) podia nomear e destituir o chefe da autoridade monetária quando bem entendesse.
A autonomia do Banco Central foi aprovada pelo Congresso e sancionada por Bolsonaro em 2023. Com isso, o presidente do BC passou a ter mandato garantido, e não coincidente com o mandato presidencial.
O mandato de Roberto Campos Neto vai até 31 de dezembro de 2024, quando o terceiro mandato de Lula terá chegado à metade.
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