Inflação nos EUA sobe 0,1% em novembro e acumula alta de 7,1% em 12 meses

Inflação nos EUA está nos maiores níveis em décadas — Foto: Getty Images 1 de 1 Inflação nos EUA está nos maiores níveis em décadas — Foto: Getty Images

Inflação nos EUA está nos maiores níveis em décadas — Foto: Getty Images

A inflação nos Estados Unidos subiu 0,1% em novembro, de acordo com dados do Departamento do Trabalho do país nesta terça-feira (13). Em 12 meses, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) acumula alta de 7,1%, contra a variação positiva de 7,7% registrada em outubro.

A projeção do mercado era de um avanço de 0,3% nos preços, após alta de 0,4% na inflação de outubro. O resultado mais "calmo" dos preços pode ajudar o Federal Reserve (Fed) a reduzir o ritmo de aumento dos juros americanos e promover um aumento mais brando das taxas.

O CPI é a medida da variação média ao longo do tempo dos preços pagos pelos consumidores urbanos em uma cesta de bens e serviços de consumo.

Segundo o Departamento do Trabalho, o índice de habitação no mês de novembro foi "de longe" o maior contribuinte para o aumento mensal de todos os itens, mais do que compensando as quedas nos índices de energia.

O índice de energia teve queda de 1,6% no mês, depois de registrar uma alta de 1,8% em outubro. A gasolina caiu 2%, enquanto no mês anterior havia subido 4%.

Outro resultado importante vem do núcleo da inflação, que une todos os itens exceto alimentos e energia. A alta foi de apenas 0,2% em novembro, menor aumento desde agosto de 2023. 💥️Em 12 meses, o núcleo acumula alta de 6%.

O destaque foi o grupo "frutas e vegetais", que cresceu 1,4% em novembro, depois de uma queda de 0,9% no mês anterior. Na outra ponta, carnes tiveram queda de 0,8%.

O segmento geral de alimentos registrou alta de 0,5% em novembro, contra 0,6% em outubro. Tanto para comida em casa como fora, o aumento foi de 0,5%.

Um levantamento de Einar Rivero, do TradeMap, antecipado ao 💥️g1, mostra que este é o terceiro mês seguido em que a inflação dos EUA fica maior que a brasileira. O índice americano "venceu" o IPCA em apenas sete oportunidades desde dezembro de 2000.

Exceto os seis meses citados, apenas em maio de 2018 o CPI ficou 0,09 ponto percentual acima do IPCA do mês. Já a maior diferença foi em maio de 2003: enquanto a inflação americana era de 1,91%, o IPCA registrava 17,24% (ou 15,33 pontos percentuais de distância).

Veja abaixo o mês a mês.

Nesta quarta-feira, o Federal Reserve (Fed) divulga a nova taxa de juros do país, que está hoje em uma faixa entre 3,75% e 4% após quatro altas de 0,75 ponto percentual consecutivas.

A expectativa do mercado é que o Fed reduza o ritmo e promova um aumento de meio ponto percentual, levando as taxas ao patamar entre 4,25% e 4,5% ao ano.

Na última reunião, o órgão considerava que o impacto do aumento de juros ainda estava em evolução e havia um desejo de acertar o nível para juros "suficientemente restritivo para levar a inflação a 2% ao longo do tempo".

"Ao determinar o ritmo de aumentos futuros, o Comitê (Federal de Mercado Aberto) levará em conta o aperto acumulado da política monetária, a defasagem com que a política monetária afeta a atividade econômica e a inflação, e acontecimentos econômicos e financeiros", disse na ocasião o banco central dos EUA.

Há receio de que grandes aumentos contínuos dos juros possam estressar o sistema financeiro ou desencadear uma recessão. Apesar de a inflação permanecer mais de três vezes maior que a meta de 2%, o Fed está em uma fase de "ajuste fino".

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