'Calma, tem muito ministério ainda para indicar', diz Gleisi sobre frente ampla em entrevista a Miriam Leitão

A presidente do PT e deputada reeleita Gleisi Hoffmann (PR) afirmou, em entrevista à GloboNews nesta quarta-feira (14), que a ausência de outros partidos na lista de futuros ministros já anunciados pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não indica um rompimento da frente ampla.

"Calma, tem muito ministério ainda para indicar", afirmou Gleisi à jornalista Miriam Leitão. A íntegra da entrevista vai ao ar às 23h30 desta quarta, na GloboNews.

Segundo a presidente do PT, é "um pouco natural" que políticos do partido sejam escolhidos para compor o que ela chama de núcleo de governo – ou seja, os ministérios que têm maior interação diária com o gabinete presidencial.

"É um pouco natural que os espaços sejam ocupados pelo partido. E tem muitos quadros preparados, nós já governamos muitas prefeituras, tivemos governos de estado, tivemos o governo federal por quase 13 anos", listou.

Gleisi também falou a Miriam Leitão que chegou a antever uma das principais reações negativas até o momento: a falta de diversidade nos primeiros nomes anunciados – todos homens, a maioria brancos.

"Eu falei para o presidente Lula: 'O senhor vai ser criticado porque não vai ter mulher, não tem negro, tinha pardo que era o [Flávio] Dino. Então o senhor tem que explicar que esse é o primeiro anúncio seu, e tem muito a ver com o núcleo de governo'", disse.

Até o momento, Lula anunciou oficialmente cinco futuros ministros:

Nesta semana, surgiram outros dois nomes que não foram anunciados por Lula:

Gleisi também confirmou à jornalista Miriam Leitão que o futuro governo Lula pode chegar a ter 37 ministérios. Apesar do número grande, a presidente do PT negou que haverá inchaço da máquina pública.

"Há ministérios, como o das Mulheres e o das Populações Originárias, por exemplo, que não são grandes. Terão poucos recursos, mas representam pautas muito importantes", disse.

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