Os 50 anos do 'Clube da Esquina' geram livro com histórias do álbum em que Milton Nascimento revelou Lô Borges

Capa do livro 'De tudo se faz canção – 50 anos do Clube da Esquina', organizado por Márcio Borges e Chris Fuscaldo — Foto: Arte de Adriana Cataldo 1 de 1 Capa do livro 'De tudo se faz canção – 50 anos do Clube da Esquina', organizado por Márcio Borges e Chris Fuscaldo — Foto: Arte de Adriana Cataldo

Capa do livro 'De tudo se faz canção – 50 anos do Clube da Esquina', organizado por Márcio Borges e Chris Fuscaldo — Foto: Arte de Adriana Cataldo

♪ Celebrados ao longo de 2022, os 50 anos do álbum 💥💥rendem livro que agrega histórias e impressões sobre o LP duplo lançado em 1972 por Milton Nascimento e Lô Borges.

Organizado por Márcio Borges – parceiro letrista de Milton, de importância tão fundamental quanto Fernando Brant (1946 – 2015) na trajetória do compositor carioca de alma mineira – com Chris Fuscaldo, o livro 💥 (Garota FM Books) reúne depoimentos dos artistas que fizeram o disco.

Recolhidos por Márcio Borges, esses textos são inéditos – com exceções dos depoimentos de Brant e Tavito (1948 – 2023), ambos tomados na ocasião dos 40 anos do disco em 2012 – e registram impressões pessoais de quem efetivamente fez e/ou gravou as canções desse disco que deu forma e nome ao movimento Clube da Esquina, responsável por inserir Minas Gerais – precisamente Belo Horizonte (MG), ainda que o álbum tenha sido gestado em praia de Piratininga, em Niterói (RJ) – no mapa do universo pop.

Antes de alinhar os depoimentos dos compositores e músicos do álbum, o livro expõe texto de tom biográfico em que Chris Fuscaldo narra o movimento de Milton Nascimento da cidade natal do Rio de Janeiro (RJ) até o lendário Edifício Levy, residência dos Borges na capital mineira, e depois até o loteamento Marazul.

Situado na praia niteroiense de Piratininga (RJ), Marazul foi local do camping que aglutinou Milton, Lô, Beto Guedes e Ronaldo Bastos (poeta nascido em Niterói que se tornaria o terceiro importante parceiro letrista de Milton), no período de criação do 💥.

Neste texto situado entre a biografia e a reportagem, Fuscaldo também discorre brevemente sobre o repertório do disco, dissecado em posterior faixa-a-faixa por time de 20 jornalistas convidados pela editora do livro para discorrer sobre as 21 faixas do álbum duplo (a própria Fuscaldo ficou com 💥, canção de Lô Borges e Márcio Borges que abre o disco).

Além de assinar carta a Márcio Borges, datada de 29 de agosto de 2022, Milton Nascimento é o autor do primeiro dos 14 depoimentos. O do movimento rememora brevemente o percurso que culminou com a composição da canção 💥 (1970), criada em parceria com Márcio Borges.

Já Lô Borges rememora o convite de Milton para dividir o disco – e não somente participar do álbum – e a resistência da diretoria da gravadora Odeon para aceitar a proposta de Milton, já que Lô era desconhecido em 1972.

“Ele teve dificuldades, mas brigou por isso, brigou para que meu nome estivesse ali”, ressalta Lô, antes de explicitar a sempre assumida influência do som dos Beatles na música do Clube da Esquina (“Beatles era arroz com feijão, era a água que a gente bebia...”) e de tentar explicar a força perene do álbum de 1972 (“...a grande química desse disco foi a mistura do que eu trouxe com as coisas que o Bituca estava trazendo”).

Com edição bilíngue que apresenta os textos em português e inglês, o livro 💥celebra a expressividade atemporal de disco com cacife para continuar atravessando almas e gerações por mais 50 anos.

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