IPTU, IPVA e material escolar: saiba como preparar o orçamento para o começo do ano

Planejamento financeiro é alternativa para que consumidor evite ficar no vermelho nos primeiros meses do ano — Foto: Divulgação 1 de 1 Planejamento financeiro é alternativa para que consumidor evite ficar no vermelho nos primeiros meses do ano — Foto: Divulgação

Planejamento financeiro é alternativa para que consumidor evite ficar no vermelho nos primeiros meses do ano — Foto: Divulgação

Começo de ano chegou e, com ele, uma lista de novas contas para pagar: Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), além das taxas de mensalidade e rematrícula de escolas e universidades e dos gastos com material escolar.

Segundo especialistas em educação financeira, fazer o registro das despesas diárias e a organização do orçamento é o primeiro passo para o consumidor evitar ficar no vermelho nos primeiros meses do ano – e o processo pode ajudar até mesmo quem já está endividado a retomar as rédeas da vida financeira.

💥️Veja abaixo as principais dicas.

A primeira coisa a ser feita, dizem os especialistas, é entender o seu perfil de consumo e identificar qual é sua real situação financeira. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira (Abefin), Reinaldo Domingos, são quatro situações principais: investidor, equilibrado, endividado e superendividado.

Identificada a situação financeira, o próximo passo é o registro de receitas e despesas e o planejamento financeiro para os próximos meses. O processo é praticamente o mesmo para todos, mudando apenas pequenos detalhes entre um perfil e outro.

Para os 💥️investidores, por exemplo, Domingos afirma que a principal necessidade é entender e planejar os gastos do próximo ano.

Já para os 💥️equilibrados, a dica é reorganizar as contas para conseguir sobras mais significativas no final do mês.

Os 💥️endividados, por sua vez, precisarão descobrir os tipos de dívidas que têm para então diagnosticar se elas são saudáveis ou prejudiciais. Para isso, é preciso entender quanto do orçamento já está comprometido com esses débitos e avaliar os riscos de um possível calote.

“Não é necessariamente o percentual do orçamento que está comprometido que importa, mas a situação em que a pessoa vive. É preciso entender que a dívida não pode ser colocada como um problema porque, quando ela é saudável, é maravilhosa. O grau de endividamento é que vai determinar quais mudanças essa pessoa precisa fazer na vida dela para não dar calote no ano que vem”, afirma o presidente da Abefin.

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Para os 💥️superendividados, por fim, a dica principal é fazer o diagnóstico das dívidas. Na prática, isso significa colocar no papel todos os compromissos – os que já não foram honrados e os que ainda vão vencer – e estabelecer seu orçamento financeiro, para só então entrar em contato com o credor.

O objetivo desse processo é avaliar qual a capacidade de pagamento e, segundo os especialistas, muitas vezes esse caminho passa por assumir o calote até que se tenha recursos para possibilitar uma renegociação das dívidas.

Para aqueles que não conseguem reorganizar o orçamento porque sempre há uma dívida nova, dicas como estabelecer objetivos e não se expor à tentação da compra também podem ajudar.

“Muita gente gasta mais do que o necessário ou do que o previsto porque compra pelo impulso ou se deixa levar pelo apelo do marketing. Então vale pesquisar o preço das coisas e até fazer uma reflexão se aquilo que você quer comprar é realmente necessário. 💥️É preciso se conhecer e, se não há esse autocontrole, não se exponha à tentação”, afirma Nunes, da Planejar.

Para ela, uma maneira efetiva de colocar os gastos em perspectiva é transformá-lo em horas de trabalho. “Basta calcular quantas horas você precisaria trabalhar para pagar aquela conta. Além disso, também vale separar o dinheiro que já tem algum destino e avaliar as despesas que você já tem, porque muitas vezes tem dinheiro demais em itens que não são tão necessários assim”, completa.

Outra dica importante dada pelos especialistas é explorar alternativas criativas para diminuir os gastos. A economia colaborativa, por exemplo – modelo no qual os consumidores compartilham ou trocam produtos e serviços ao invés de adquiri-los – é uma opção, assim como comprar produtos no atacado, em parceria com outras pessoas, para barganhar descontos.

“A solução fundamental para esses problemas é conversar sobre eles. Não é vergonha nem humilhação dizer que está com dificuldade financeira quando quatro em cada cinco pessoas passam por isso. É preciso falar sobre dinheiro para que soluções criativas e interessantes sejam encontradas”, completa Cerbasi.

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