Parentes denunciam que pacientes sofrem com o calor intenso em hospitais do Rio

A família de pacientes que estão internados no Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, e no Hospital Universitário Pedro Ernesto, que fica em Vila Isabel, na Zona Norte, afirmam que as unidades estão sem ar-condicionado e sofrem com o calor do verão carioca. Segundo infectologistas, o calor pode oferecer riscos para a saúde dos pacientes.

Segundo eles, além da falta de refrigeração, os familiares não podem nem levar ventilador para amenizar a situação.

“Eu sou filha de um paciente que está internado no CTI do Hospital Municipal Albert Schweitzer. O CTI está há quase 5 dias sem ar-condicionado. A administração fala que o ar-condicionado está em manutenção, mas ainda não tem previsão de voltar a funcionar”, afirma a familiar.

Pacientes denunciam que UTI do Hospital Municipal Albert Schweitzer está sem ar-condicionado — Foto: Reprodução/TV Globo 1 de 1 Pacientes denunciam que UTI do Hospital Municipal Albert Schweitzer está sem ar-condicionado — Foto: Reprodução/TV Globo

Pacientes denunciam que UTI do Hospital Municipal Albert Schweitzer está sem ar-condicionado — Foto: Reprodução/TV Globo

Nesta terça-feira (3), o Rio registrou o dia mais quente do verão até agora. “O local está insalubre, insuportável. E a gente não pode nem levar um ventilador, porque não é permitido pela administração do hospital”, reclama ela.

No Hospital Universitário Pedro Ernesto, a reclamação é de meses. “Eles tão bastante tempo já sem ar-condicionado. Uns seis meses, mais ou menos. E o problema continua. A enfermaria da nefrologia do terceiro andar, todo mundo sem ar. Um calor horrível. Os pacientes tendo que ficar expostos, né? Cada dia tá piorando mais a situação”, ressalta o filho de um paciente internado na unidade.

O calor dentro de um hospital facilita a proliferação de bactérias e doenças, além de dificultar a higiene dos pacientes, que já é precária.

“Uma UTI não deve funcionar sem aparelho de ar-condicionado. Primeiro: o calor é muito intenso. Pro profissional que está paramentado, com máscara, gorro, luva isso é muito ruim. Para o paciente que tá deitado, imobilizado, com higiene que, por melhor que seja o cuidado, é precária, porque nunca será igual a um banho de chuveiro, também é ruim. Se a pele começa a ficar muito úmida com suor, acúmulo de secreção, isso facilita desenvolvimento de bactérias que pode vir a infectar uma ferida de um simples cateter, às vezes”, explica o infectologista Celso Ferreira Ramos Filho.

A Secretaria Municipal de Saúde confirma que a refrigeração do Hospital Municipal Albert Schweitzer apresentou defeito no dia 1 de janeiro e que 50% está operando. A previsão é de conserto nesta quarta-feira (4).

A assessoria informou que teve uma falha num dos aparelhos de ar-condicionado e que a equipe de manutenção está providenciando a troca do equipamento. A previsão é que o problema seja resolvido ainda nesta terça (4).

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