Dólar fecha em alta, após invasão de bolsonaristas ao Congresso, Planalto e STF

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O dólar fechou em alta nesta segunda-feira (9), um dia depois de terroristas bolsonaristas invadirem e depredarem o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF) em atos golpistas em Brasília.

A moeda norte-americana avançou 0,41%, cotada a R$ 5,2570. Veja mais cotações.

Com a alta de hoje, o dólar interrompe uma sequência de dois pregões de quedas expressivas. Na última sexta-feira, a moeda fechou em forte baixa de 2,17%, cotada a R$ 5,2357. Com o novo resultado, o dólar acumula queda de 0,40% no ano.

Apesar dos ataques às instituições em Brasília, não houve pânico no mercado financeiro, e o Ibovespa opera em alta neste pregão. A rápida resposta dada pelas lideranças das instituições brasileiras tranquilizou a reação dos investidores, disseram especialistas ao 💥️g1. 💥️Entenda.

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O mercado reage aos atos terroristas ocorridos no domingo. Não houve, no entanto, pânico entre os investidores.

Bolsonaristas radicais, depois de meses acampados em frente ao quartel-general do Distrito Federal, invadiram e depredaram os prédios da Praça dos Três Poderes, em atos que foram amplamente condenados, inclusive pela mídia e por autoridades internacionais.

Daniel Moura, especialista em mercado de capitais, explica que o alinhamento dos Três Poderes para combater os atos golpistas deste domingo foi visto de forma positiva, uma vez que essa união traz uma sinalização de segurança política.

Para ele, independentemente do posicionamento político de cada um dos agentes, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário estão trabalhando juntos para a manutenção da ordem.

O professor de Economia do Ibmec, Alexandre Pires, destaca que a nota em defesa da democracia — divulgada em conjunto pelos líderes dos Três Poderes na manhã desta segunda — reforça um fundamento essencial para o mercado: 💥️as instituições estão empenhadas em fazer com que o país volte à normalidade.

Já Carla Argenta, economista-chefe da CM Capital, afirma que o mercado não teve uma reação tão negativa porque a resolução do governo foi acertada.

Neste contexto e favorecido por um dia positivo no mercado internacional, o dia para os ativos brasileiros foi melhor do que o esperado. O Ibovespa acompanha os índices internacionais, apoiado em notícias de reabertura econômica da China, que favorecem empresas exportadoras de commodities.

A abertura das fronteiras no gigante asiático dá espaço para os preços do petróleo avançarem com amplitude. Os dados do payroll não tão fortes quanto outros dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos também ajudam a moldar o humor na sessão desta segunda.

Os mercados chineses estão otimistas, uma vez que a reabertura completa da segunda maior economia do mundo alimentou as apostas de uma recuperação robusta da pandemia.

O sentimento também recebeu impulso da promessa de um banqueiro central de apoio o setor de internet e empresas privadas, bem como uma revisão no Ant Group que levou seu fundador Jack Ma a ceder o controle do gigante de fintech.

O índice DXY, que mede a variação ponderada do dólar ante seis moedas rivais, recuou nesta segunda-feira (9) ao seu menor nível dos últimos sete meses. A fraqueza da divisa americana ocorre à medida que os mercados intensificam preocupações acerca de uma possível recessão econômica nos EUA, de acordo com o banco holandês ING.

Segundo os analistas da instituição, a perspectiva ganhou força após o índice de atividade do setor de serviços americano, medido pelo ISM, mostrar contração na última sexta-feira (6). O setor de serviços estava sendo considerado o motor da economia ante a retração da atividade industrial.

Diante do risco de recessão, investidores têm precificado um aperto monetário mais brando pelo Federal Reserve (Fed). “Esse é um cenário baixista para o dólar, principalmente considerando a melhora do apetite por risco após a reabertura da China, que também diminuiu o apelo de porto-seguro” da moeda, avalia a corretora britânica ActivTrades, em nota.

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