George Santos, filho de brasileiros que mentiu para ser eleito deputado nos EUA, afirma que não vai renunciar

George Santos dentro do Congresso dos EUA, em 5 de janeiro de 2023 — Foto: Evelyn Hockstein/Reuters 1 de 1 George Santos dentro do Congresso dos EUA, em 5 de janeiro de 2023 — Foto: Evelyn Hockstein/Reuters

George Santos dentro do Congresso dos EUA, em 5 de janeiro de 2023 — Foto: Evelyn Hockstein/Reuters

George Santos, o filho de brasileiros que se elegeu deputado nos Estados Unidos contando diversas mentiras sobre sua vida e seu currículo, afirmou nesta quarta-feira (11) que não vai renunciar ao cargo, apesar da pressão de seus colegas do Partido Republicano.

Um grupo de republicanos do estado de Nova York pediu para que renuncie ao cargo, dizendo que ele mentiu repetidamente sobre sua história durante sua campanha.

Os republicanos fizeram o pedido em uma entrevista coletiva organizada pelo diretório do Partido Republicano do Condado de Nassau, em Nova York.

O deputado republicano Anthony D'Esposito, que representa um distrito vizinho, afirmou que George Santos não tem capacidade para servir na Câmara dos Deputados e deve renunciar.

Há dois dias, um órgão de vigilância apartidário acusou Santos de violar as leis de financiamento de campanha em um processo junto ao Comitê Eleitoral Federal. Santos, que representa grande parte do condado de Nassau, a leste da cidade de Nova York, admitiu ter inventado seu currículo.

Os republicanos têm maioria na Câmara dos Representantes dos EUA (órgão semelhante à Câmara dos Deputados). Santos venceu as eleições para deputado de seu distrito ao derrotar o democrata Robert Zimmerman por uma margem de 7,5 pontos percentuais (nos EUA, o voto é distrital, ou seja, cada condado elege apenas um deputado).

A vitória do descendente de brasileiros foi rapidamente ofuscada por reportagens sobre suas mentiras.

Entre outras alegações, Santos disse ter diplomas da Universidade de Nova York e do Baruch College, apesar de nenhuma das instituições ter registro de sua frequência. Ele alegou ter trabalhado nos bancos Goldman Sachs e no Citigroup, o que também não era verdade.

Santos também mentiu ao dizer que era judeu e que seus avós escaparam dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

O deputado, que representa grande parte do condado de Nassau, a leste da cidade de Nova York, admitiu ter inventado grande parte de seu currículo. Em publicação no Twitter, ele reiterou os planos de permanecer no cargo.

Na terça-feira, dois democratas da Câmara encaminharam o assunto ao comitê de ética da Câmara . A promotora local disse que seu escritório está investigando Santos.

O republicano nº 2 da Câmara, Steve Scalise, disse a repórteres que o partido está investigando o assunto.

"Isso é algo que está sendo tratado internamente, obviamente, havia preocupações sobre o que ouvimos e, portanto, teremos que sentar e conversar com ele sobre isso", disse Scalise.

O líder da maioria na Câmara, Kevin McCarthy, afirmou que Santos não vai participar de nenhum comitê importante do Congresso.

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