Procon-SP notifica Americanas

Vista parcial interior das Lojas Americanas do Shopping Iguatemi, zona sul da cidade de São Paulo. — Foto: Mônica Zarattini/Estadão Conteúdo/Arquivo 1 de 2 Vista parcial interior das Lojas Americanas do Shopping Iguatemi, zona sul da cidade de São Paulo. — Foto: Mônica Zarattini/Estadão Conteúdo/Arquivo

Vista parcial interior das Lojas Americanas do Shopping Iguatemi, zona sul da cidade de São Paulo. — Foto: Mônica Zarattini/Estadão Conteúdo/Arquivo

Após o anúncio do rombo contábil de R$ 20 bilhões nos balanços da Americanas, o Procon-SP notificou a empresa questionando sobre os impactos desse problema para os consumidores.

Além de informar até que ponto ficam comprometidas as compras efetuadas pelos consumidores e detalhar quantas pessoas serão afetadas, a Americanas deverá esclarecer se as reclamações dos últimos 90 dias na plataforma do Procon-SP tem relação com os problemas noticiados e, em caso positivo, qual o plano de ação da empresa para solução.

No ano passado, o grupo teve quase 9,5 mil queixas registradas por consumidores que tiveram problemas com suas compras, informou o Procon-SP.

A Americanas tem até o próximo dia 17 para responder aos questionamentos do Procon-SP.

O 💥️g1 entrou em contato com a assessoria de imprensa da empresa pedindo um posicionamento sobre o assunto e aguarda resposta.

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A Americanas publicou um fato relevante na última quarta-feira (11), dizendo que foram identificadas “inconsistências em lançamentos contábeis” no balanço, em valor que chega a R$ 20 bilhões, nas primeiras estimativas.

Em outras palavras, a empresa percebeu que o valor bilionário — que é referente aos primeiros nove meses de 2022 e anos anteriores — não havia sido registrado de forma apropriada nos balanços corporativos da empresa.

O documento divulgado pela companhia não traz muitos detalhes sobre o que de fato foi encontrado nas contas, mas esclarece que a área contábil detectou "a existência de operações de financiamento de compras em valores da mesma ordem (R$ 20 bilhões), nas quais a companhia é devedora perante instituições financeiras e que não se encontram adequadamente refletidas na conta de fornecedores nas demonstrações financeiras".

Para se ter uma ideia, um levantamento de Einar Rivero, da TradeMap, mostra que o volume do rombo de R$ 20 bilhões é equivalente ao valor de mercado da Magazine Luiza, que até o fechamento do pregão desta quarta valia R$ 20,20 bilhões, e da Lojas Renner, de R$ 20,22 bilhões.

A Americanas disse que ainda não é possível determinar todos os impactos do rombo na demonstração de resultado e no balanço patrimonial da companhia. Em contrapartida, a empresa afirmou estimar que "o efeito caixa dessas inconsistências seja imaterial".

Assim, o rombo teria apenas um efeito contábil, e não financeiro. Caso fosse financeiro, haveria saída de dinheiro do caixa da companhia.

O ex-presidente da empresa fez uma videoconferência nesta quinta para explicar mais detalhes do ocorrido. Rial disse que "a primeira grande conclusão é que não estamos falando de um número que está fora do balanço. Só que ele não está registrado de forma apropriada ao longo dos últimos anos".

"A empresa segue vendendo, ela é absolutamente viável. Tem um nível de dívida incompatível para que possa prosseguir, portanto a capitalização tem que ocorrer. E os acionistas de referência permanecem comprometidos com o futuro da companhia", afirmou, se referindo a Lemann e seus sócios na 3G Capital.

Raio-X da Americanas — Foto: g1 2 de 2 Raio-X da Americanas — Foto: g1

Raio-X da Americanas — Foto: g1

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